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Estado de Minas CRIME EM PATROCÍNIO

Autor dos tiros que mataram candidato em Patrocínio alega 'legítima defesa' e deve ser indiciado por homicídio qualificado

Jorge Marra, ex-secretário de obras, atirou cinco vezes em Cássio Remis dos Santos nessa quinta


27/09/2020 19:20 - atualizado 27/09/2020 21:00

Jorge Marra, autor dos tiros que mataram o candidato
Jorge Marra, autor dos tiros que mataram o candidato (foto: Prefeitura de Patrocínio)

Os delegados que colheram o depoimento de Jorge Marra, autor dos disparos que mataram o candidato a vereador Cássio Remis nessa quinta-feira, em Patrocínio, afirmaram que ele deve ser indiciado por homicídio qualificado, roubo (por ter subtraído o celular da vítima) e por porte ilegal da arma que carregava em sua caminhonete.

Marra é ex-secretário de Obras e irmão do prefeito de Patrocínio, na região do Alto Paranaíba e se entregou na Delegacia Regional da cidade neste domingo.

Ele prestou depoimento ao delegado regional Valter André, ao delegado Renato Mendonça, de Furtos e Roubos, e à delegada Ana Beatriz de Oliveira Brugnara, de Homicídios. Marra disse que se sentiu ameaçado por Remis e que agiu em legítima defesa.


Segundo os delegados, eles negociaram com os advogados de defesa para que Marra se apresentasse voluntariamente à Polícia Civil.

O depoimento de Jorge Marra durou cerca de três horas. O local em que ele ficará preso não foi divulgado. Segundo os delegados, pelo fato de o autor dos tiros correr ‘risco de morte’.

O depoimento

Segundo a Polícia Civil, Jorge Marra afirmou ter agido em legítima defesa. Ele disse que estava passando pelo local do crime e que e se sentiu ofendido com o fato e Cássio Remis ter apontado o celular para ele e começado a filmá-lo.

Marra disse que tomou o celular das mãos de Remis e, sentindo-se ‘amedrontado’, se dirigiu à Secretaria de Obras, onde, na sua visão, estaria seguro.

Ainda segundo o depoimento, Remis tentou pegar o celular de volta e ouvir de Marra que o aparelho tinha sido quebrado e que não seria possível devolvê-lo.

Marra alegou ter atirado por se sentir ameaçado, mas afirmou que, a partir de determinado momento ‘não se lembra mais de nada’, nem que quantos tiros deu na vítima. 

Perguntado sobre a contradição entre as alegações de ‘estar seguro’ na Secretaria de Obras e se sentir ‘amedrontado’, Marra não respondeu.

Ele também ficou em silêncio quando perguntado se estaria arrependido do crime e sobre sua fuga para a cidade de Perdizes. 

Os crimes

Segundo a delegada Ana Beatriz, a Polícia Civil trabalha com a tese de indicar Jorge Marra por homicídio qualificado (por motivo fútil e por usar recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima).

Ele também pode responder pelo roubo do celular de Cássio Remis e por porte ilegal de arma.


Todas as pessoas que estavam no local foram ouvidas como testemunhas e, a princípio, não serão indiciadas por eventual participação no homicídio.

A polícia também irá investigar se as pessoas que ajudaram na fuga de Marra tiveram participação efetiva na sua evasão.


Os delegados devem colher mais alguns depoimentos e aguardar a realização de pericia antes de relatar os autos e enviá-los à Justiça.


Pelo fato de Marra estar preso, o prazo legal para conclusão do inquérito é de dez dias.

 


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