Jornal Estado de Minas

COVID-19

Apesar de flexibilização em BH, prefeitura prega cautela para 'não morrer na praia'

Embora a Prefeitura de Belo Horizonte tenha, nesta sexta-feira, dado novo passo rumo ao arrocho das restrições adotadas por conta do novo coronavírus, a saúde municipal ainda prega cautela quanto à prevenção.



Durante a entrevista coletiva convocada para anunciar os avanços, como a autorização para abertura de lojas aos sábados, o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, e os infectologistas que compõem o comitê responsável por nortear as tomadas de decisão da prefeitura, ressaltaram a importância da vigilância.

“Ter uma segunda fase, de aumento no número de casos, depende de cada um de nós. Temos que usar máscaras, ficar em casa, sair para o que for essencial e higienizar as mãos com álcool gel — e água sabão sempre que for possível”, salientou Jackson.

Para o médico Carlos Starling, a flexibilização não deve ser encarada como sinônimo de relaxamento total. O momento, segundo ele, aindaexige cautela.

“Não é hora de relaxarmos. Não podemos confundir flexibilização com banalização. Tudo o que a gente não quer, neste momento, é morrer na praia. Não há justificativa para que percamos o direcionamento estabelecido. A disciplina para seguir o que está sendo planejado é absolutamente planejado”, sentenciou.



“A flexibilização está acontecendo dentro do que foi planejado. A epidemia não acabou — longe disso”, observou o especialista.

Indicadores estão em ‘verde’


Atualmente, Belo Horizonte tem 1.713 leitos de enfermaria disponíveis, com uma ocupação de 42%. Os leitos de UTI, por seu turno, apresentam uma ocupação de 43%. A velocidade de propagação da doença está em 0,95. Os três indicadores, utilizados pela saúde municipal para respaldar eventuais mudanças, estão no nível verde — tido como o mais seguro.