Jornal Estado de Minas

TRÂNSITO

Congestionamentos e direção perigosa marcam retorno de feriado em Minas

 

Bastou o primeiro feriado após a mais flexível fase de isolamento desde o início da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), em Minas Gerais, para que as estradas voltassem a experimentar um movimento semelhante apenas a feriados como o carnaval, época sem restrições de circulação e atividades. E não foi apenas isso. Diante das compridas fileiras de veículos, motoristas apressados e imprudentes avançaram sobre os acostamentos para tentar ganhar tempo e se lançaram na contramão em trechos proibidos, de faixas contínuas, ignorando os riscos de acidentes.





 

O principal foco de retenções rodoviárias foi a BR-381, entre BH e João Monlevade, a chamada Rodovia da Morte, que, além das 200 curvas em 100 quilômetros e do fluxo intenso esperado no recesso, ainda apresentava problemas de trafegabilidade e desvios devido às obras de duplicação. Próximo a Bom Jesus do Amparo, motoristas tiveram de fazer desvios em trechos de terra. Os congestionamentos e lentidão nessa via passaram de 40 quilômetros.

 

O movimento das estradas começou tranquilo, engrossando a partir das 14h. Principalmente na BR-381, para quem vinha do Espírito Santo e do Vale do Aço para a capital mineira, dois pontos de congestionamentos, retiveram mais o fluxo de carros. O pior deles se deve a um desvio em trecho de terra, entre Bom Jesus do Amparo e São Gonçalo do Rio Abaixo, onde se formaram 16 quilômetros de filas lentas e ainda ocorreu um acidente sem maior gravidade. A PRF recomendou que os motoristas buscassem rotas alternativas. Em Barão da Cocais, outro ponto de congestionamento se alastrou desde o acesso da cidade. Pontos de lentidão foram se ampliando ao longo do dia, tomando locais como o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Sabará, na entrada de Ravena, em Roças Novas, nas proximidades do Restaurante do Amigão, no Trevo de Itabira à São Gonçalo do Rio Abaixo e em Antônio Dias (Sá Carvalho).

 

Já às 16h, o movimento se intensificou nas principais vias de acesso a BH, as BRs 381 e 040. Na Rodovia Fernão Dias, a BR-381 entre Betim e Contagem já contava com as pistas repletas de veículos seguindo em baixa velocidade e com retenções pontuais. Os segmentos com mais carros e mais baixa velocidade estavam todos em Betim, na altura do Bairro São João e adiante, na altura da fábrica de veículos da Fiat até o Jardim Piemonte, perfazendo cerca de 25 quilômetros.





 

Na BR-381 entre o Vale do Aço, Espírito Santo e BH, o tráfego pesado se emendou ao Anel Rodoviário, atravessando a capital, Sabará e Santa Luzia. Os trechos já enfrentavam dificuldades desde o início da tarde. Foi um momento que exigiu muita paciência dos veículos e que foi se agravando com o passar das horas.

 

Na BR-040, o movimento também foi intenso entre BH e Brasília (Norte) e a capital mineira e o Rio de Janeiro (Sul). Ocorreram pontos de congestionamento na parte Sul próximo ao Jardim Canadá (Nova Lima), entroncamento para Ouro Preto (BR-356), no topo do Mundo (Brumadinho), Itabirito, Congonhas, Conselheiro Lafaiete e Barbacena. No sentido Norte, o trecho mais carregado era o de mais de 15 quilômetros entre Ribeirão das Neves e Esmeraldas, devido ao enorme fluxo de veículos.

 

O fluxo nas vias estaduais só se agravou mais tarde, com a MG-010 experimentando maior intensidade na região de Lagoa Santa e a MG-050 com tráfego mais lento nas proximidades da Grande BH, próximo a Juatuba.