Jornal Estado de Minas

NOVO PERIGO

Casos de síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica crescem em MG

Além da síndrome respiratória aguda grave, já comum em pacientes que contraíram ou não o coronavírus, um dado preocupante começa a assustar Minas. Em apenas uma semana, o estado registrou seis casos de síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), também associada à COVID-19. No último balanço da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG), divulgado na sexta-feira, duas pessoas foram diagnosticadas com a doença. 




 
 
A SIM-P pode ocorrer dias ou semanas depois de uma infecção aguda pelo coronavírus em pacientes de 0 a 19 anos. A doença é caracterizada por febre alta, lesões na pele nas extremidades e na boca. A síndrome foi diagnosticada tanto em crianças que testaram positivo para o coronavírus, como por aquelas que não tiveram a doença.

"Elas atingem pessoas hospitalizadas e há cometimento de vários orgãos e sistemas de forma grave. A Secretaria Estadual de Saúde tem orientado os municípios e serviços de saúde a realizar a notificação de qualquer caso suspeito de síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) potencialmente associada à COVID-19 e a avaliação desses casos segue recomentação da Organização Pan-Americana de Saúde do Ministério da Saúde, a partir do registro de casos dessa manifestação sindrômica. O estado tem sido interlocutor do Ministério da Saúde nessa atividade", afirma o subsecretário Estadual de Saúde, Marcelo Cabral.

Segundo o Ministério da Saúde, outros quatro estados já haviam registrado a doença até julho: Ceará (29), Pará (18), Piauí (2) e Rio de Janeiro (22), onde ocorreram três óbitos. Por causa do aumento da enfermidade, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiu comunicado de alerta acerca da doença.
 
Países como Reino Unido, Espanha, França, Itália, Canadá e Estados Unidos também registraram casos da SIM-P em crianças e adolescentes. No mundo, há relatos de mais de 300 pessoas com a doença.




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