Jornal Estado de Minas

GRANDE BH

Parques serão concedidos à iniciativa privada para impulsionar turismo

 
A cidade de Lagoa Santa deu o passo que faltava para destravar o edital de concessão para três unidades de conservação que compõem a Rota Lund: o Parque Estadual do Sumidouro, em Lagoa Santa, o Monumento Natural Estadual Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas, e o Monumento Natural Estadual Peter Lund, em Cordisburgo.





A prefeitura autorizou a prorrogação do termo de cessão da Gruta da Lapinha, principal atrativo do Parque do Sumidouro, ao Instituto Estadual de Florestas. O edital está previsto para ser lançado ainda este mês, segundo o diretor-geral do IEF, Antônio Malard, e contemplará a concessão de serviços à iniciativa privada, como hospedagem, bilheteria, alimentação, entre outros, mantendo a conservação ambiental sob gestão do Estado, por meio do IEF.

Para Malard, a prorrogação da cessão da Gruta da Lapinha era um dos requisitos para o andamento do edital de concessão. A cessão foi prorrogada por 30 anos e agora permite que a empresa que vencer a concessão possa explorar a visitação pelo período de 25 anos, conforme será previsto no certame.



Em visita ao Parque do Sumidouro nesta segunda-feira (10), o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio avaliou positivamente a parceria possibilitada pelo Programa de Concessão de Parques Estaduais (Parc). “O projeto de concessões de parques nacionais, estaduais e municipais é hoje pauta prioritária dentro do Ministério do Turismo. Nós somos o país número 1 do mundo em recursos naturais, em parques, recursos hídricos e outros atributos. Então, a gente precisa fazer esse potencial se transformar em realidade, e é isso que vamos fazer por meio das concessões”, afirmou.





O ministro ressaltou as vantagens do modelo. “O estado ganha, porque deixa de ter a obrigatoriedade de fazer manutenções e desprender recursos nessas atividades. A iniciativa privada ganha porque vai exercer atividades dentro dos parques nacionais, estaduais e municipais, obviamente que obedecendo o plano de manejo de conservação, de preservação, mas investindo e tendo retorno desse investimento. Ganha a comunidade local porque são gerados empregos e renda, e ganham também os turistas, que terão um destino turístico mais bem estruturado”. Para o ministro, esse modelo de concessão de parques pode ser adotado em todo o país.

O secretário estadual de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, acredita que o Programa Parc vem para sanar alguns dos desafios que as unidades de conservação enfrentam atualmente, como falta de informatização de bilheteria e oferta de infraestrutura em geral. “O projeto pode contribuir para criar novas potências, especialmente perto de Belo Horizonte, que são áreas com grandes condições para atrair turistas”, afirma o secretário.

No encontro, o ministro do Turismo anunciou o investimento federal de R$ 940 mil em 124 placas de sinalização turística na Rota Lund.