Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Durante a pandemia, recuperandos da Apac de Itaúna aumentam produção de móveis, brinquedos e pães

Em meio à pandemia do novo coronavírus, os recuperandos da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), de Itaúna,  83 km de Belo Horizonte, encontraram na produção a esperança por dias melhores.



Mesmo com muitas atividades suspensas, como as aulas didáticas e os cultos religiosos, a produção de pães, bolos, tortas, blocos de cimento, produtos de marcenaria e hortaliças nunca foi tão grande.

Para justificar a grande produção, o juiz da 1ª Vara Criminal do Júri e de Execuções Penais da Comarca, Adelmo Bragança Queiroz, explica que logo no início da pandemia, os recuperandos que pertenciam a algum grupo de risco, assim como os do regime semiaberto, foram colocados provisoriamente em prisão domiciliar. Com menos mão de obra e menos tarefas, os recuperandos do regime fechado dedicam maior tempo nas atividades de oficina.

"Os móveis que são feitos aqui não devem em nada aos que são feitos em qualquer marcenaria de Itaúna, tanto pela capacitação profissional, quanto pelos equipamentos, que são de ótima qualidade", afirma o recuperando Alessandro Bias da Silva. 





Oficinas


Além da marcenaria, onde os recuperandos produzem brinquedos e móveis, a padaria também está funcionando com maiores forças. Antes da pandemia, eram fabricados 3 mil pães diários para escolas e o poder público municipal. Atualmente, estão sendo produzidos 600 pães destinados ao regime fechado e à padaria externa, que recebe também todo o tipo de quitanda, como bolos, pães de queijo e broas, tudo feito pelos recuperandos e consumidos pela sociedade de Itaúna.

Os recuperandos também têm oficinas na horta, horto e fazem artesanato. O plantio é para consumo próprio mas a Apac prevê que as verduras e legumes sejam comercializados no futuro. Já a fábrica de blocos nasceu em abril deste ano e produz 4 mil unidades mensais. 

Compre e Ajude 

Quem se interessar pelos produtos produzidos na Apac de Itaúna pode entrar em contato pelos telefones:

(37) 32431737, (37) 998424573 - falar com Diane - ou (37) 999283535, falar com Luciane.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Daniel Seabra

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