Belo Horizonte passará a testar pessoas que apresentem sintomas de COVID-19, sejam do grupo de risco e se apresentem em centros de saúde. Segundo a prefeitura, os exames são da modalidade rápido e só serão feitos a partir do oitavo dia de sintomas.
A mudança no protocolo ocorre em um momento em que BH registra 18.415 casos confirmados e 482 mortes por COVID-19. Desde o início da pandemia, a baixa testagem da capital mineira era criticada por especialistas diante do risco de subnotificação.
As pessoas que testarem positivo após os exames nos centros de saúde serão orientadas sobre o isolamento social e acompanhadas por equipe de saúde, por meio de telemonitoramento.
Vale lembrar que a PBH ampliou o serviço de telemedicina durante a pandemia, justamente para evitar a concentração de pessoas nas unidades de saúde.
Segundo o Executivo municipal, até esta terça-feira (28), mais de 71 mil testes para detecção do novo coronavírus foram realizados na população em Belo Horizonte, cerca de 55 mil testes RT-PCR e 16 mil testes rápidos.
A opção sugerida pela prefeitura é vista como a menos fidedigna pelos especialistas. No último dia 11, o Estado de Minas mostrou como o mercado dos testes rápidos explodiu nas farmácias – ascensão acompanhada também de riscos para a população.
O que surgiu com a proposta de dar mais velocidade ao diagnóstico da doença se tornou um problema na visão de especialistas, pois é cada vez maior o número de pessoas que passam pelo procedimento, feito a partir da coleta de uma gota de sangue, sem indicação médica.
E pior, sem acompanhamento de um profissional de saúde, o que aumenta ainda mais a possibilidade de resultados falsos ou mal interpretados.
Critérios
Serão testados pela prefeitura pacientes com sintomas como febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos.
Eles precisam pertencer a grupos de risco, mais vulneráveis à COVID-19, como: idosos, portadores de doenças cardíacas, respiratórias, pulmonares e renais crônicas, diabéticos, gestantes e puérperas.
A PBH também faz exames para detecção de COVID-19 nos usuários dos Centros de Referência em Saúde Mental e moradores dos Serviços Residenciais Terapêuticos com sintomas respiratórios.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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