Késia, de 36, mulher de Diogo, conta que no sábado (18), quando chegou do trabalho – é funcionária de um supermercado –, ela encontrou o marido assentado na sala com um corte na cabeça. Ele disse que tinha caído. Pouco tempo depois, sofreu uma convulsão, e a mulher chamou o SAMU.
Levado para o Hospital Municipal de Contagem, enquanto era atendido o homem sofreu nova convulsão. Foi internado. Na manhã de domingo, Késia foi até a unidade hospitalar para ter notícias do marido, que ainda estaria lá, como lhe garantiram, embora ela não tenha consigo vê-lo.
Da preocupação ao alívio
Na manhã de segunda, Késia, foi ao hospital vê-lo quando foi informada de que ele não estava mais lá. Havia desaparecido. “Mas como? Ninguém toma conta dos doentes?”, questionou, revoltada.
Desesperada, ela procurou a delegacia de Contagem, mas lá ela foi orientada a seguir para a Delegacia de Pessoas Desaparecidas, de Belo Horizonte, onde conseguiu registrar a queixa.
“Na noite de domingo, o pessoal do SAMU o encontrou perambulando e muito machucado. Disseram que ele estava confuso, mas ele se lembrou do nome do meu irmão, Ebenezer. Passou para os enfermeiros, que ligaram para ele. Fui à UPA JK, para onde foi levado. Ele está sedado. Amanhã (nesta quarta, 22), os médicos me darão uma posição. Estou aliviada”, diz Késia.