Jornal Estado de Minas

COVID-19

Coronavírus: Quatro cidades em MG concentram 34% das novas mortes

 

 

Minas registrou 130 mortes pela COVID-19, nas últimas 48 horas, totalizando 1.964 mortes. Desse total de crescimento em dois dias, 34% se concentram em Belo Horiozonte e três cidades da região metropolitana: Contagem, Ribeirão das Neves e Ibirité. Em dois dias, a capital confirmou 23 mortes, totalizando 342 mortes. O número de casos é de 13.358.



 

Na sequência no número de novas mortes, aparece Ribeirão das Neves, com a confirmação de nove. A cidade confirmou 29 óbitos no total e registrou 1.535 casos. Em Contagem, foram oito mortes, elevando para 99 o total. Em Ibirité, as mortes passaram de 14 para 18 em dois dias. O município contabiliza 598 casos.  

 

Ribeirão das Neves e Ibirité anunciaram adesão ao programa Minas Consciente, de flexibilização do comércio. As decisões foram tomadas, nos dois municípios, depois de determinação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Com parte do comércio em funcionamento, os dois municípios começam a seguir os protocolos determinados pelo Estado a partir de segunda-feira (20). Belo Horizonte não aderiu ao programa.

Ocupação crítica de leitos

O crescimento no número de casos e mortes vem acompanhado de estresse na rede assistencial. Em comunicado à população, os coordenadores de unidades de terapia intensiva de Belo Horizonte alertaram que "situação dos leitos de UTI permanece crítica".

 

De acordo com o comunicado, há três semanas, a ocupação está acima de 90% nos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS). Na rede privada, a situação também é de alerta, com oucpação de 80% dos leitos.



 

"Na prática, a ocupação dos leitos de UTI do SUS é de 100%, pois os que sobram não estão vagos e sim em desinfecção e preparo entre a saída de um paciente e chegada do próximo, que já está aguardando a vaga", alertam. Os médicos afirmam ainda que a capital chegou a "recorde extraordinário", 70% dos 500 pacientes com COVID-19 estão em ventilação mecânica. 

 

Os médicos alertam para a dificuldade de se criar novos leitos, diante da falta de equipamentos, medicamentos e, principalmente, pessoal qualificado. 

Comércio fechado

Diante dos números crescentes da doença na capital, o prefeito Alexandre Kalil decidiu manter o comércio fechado.  Na sexta-feira (17), Kalil afirmou que a decisão se baseou no número médio de transmissão por infectado (Rt), taxa de ocupação de leitos de UTI e enfermaria para COVID-19.