Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS

COVID-19: governo de Minas espera desaceleração de contágio na semana que vem

Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19 (foto: Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19)

Minas registrou 1.821 novos casos de COVID-19 em um único dia, conforme o balanço epidemiológico, divulgado nesta terça (14), e 73 mortes, totalizando 1.688 mortes. Os números indicam aceleração da doença no Estado, cujo pico está projetado para quarta (15). No entanto, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirma que pode ser que a curva fique em um platô, ou seja que, por um período maior, o Estado registre um número alto de mortes e contaminações. 



 

Em entrevista coletiva remota, concedida na Cidade Administrativa, o secretário afirmou que pode ocorrer uma queda, uma desaceleração, no número de casos na semana que vem e na próxima. A projeção se deve à observação da evolução do RT, taxa que mede o ritmo da transmissão.

 

Neste momento, a média do Estado é de 1,03. O ideal é que o RT esteja abaixo de 1, que indica controle na transmissão. Carlos Amaral lembrou que, em algumas regiões, o RT é de 1,2, o que demonstra uma aceleração da curva.

 

Leitos UTI 

 

O secretário ainda apresentou a situação de leitos no Estado, nesta semana, que pode ser a de maior contágio. Carlos Amaral informou que os leitos de unidade de terapia utensiva tiveram aumento de 1,3 mil, passando de 2.072, em fevereiro, para 3.351 em julho. O secretário defendeu a forma de apresentar o número de leitos, sem discriminar quais são para a COVID-19 e quais não são. A ocupação de leitos de UTI é 71,45% e de enfermaria, 60,72%. 

 

Segundo ele, dessa maneira, fica mais fácil para a secretaria gerenciar e converter, por exemplo, leitos não COVID-19 para leitos para tratamento da doença, caso seja necessário, e fazer o inverso também. O secretário ainda disse que poderá solicitar leitos de UTI em hospitais particulares com pagamento da diária determinada pelo Ministério da Saúde.

 

O secretário adjunto Marcelo Cabral reforçou que a abertura do Hospital de Campanha com apenas 30 leitos está dentro do planejamento da SES.