O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou, em entrevista à GloboNews, que Minas Gerais é um estado de “alto desafio” no combate ao coronavírus. O médico analisou que diferentes regiões do país passam por diferentes momentos da epidemia, e Minas tem, segundo ele, dificuldades específicas. “Estamos agora com Minas com transmissão intensa, tanto da capital como da região do interior. São cidades pequenas, mais de 800 municípios. A maioria deles sem leitos de complexidade, sempre tendo que fazer transporte regional”, disse o ex-ministro.
Leia Mais
Governo de Minas finaliza protocolo de lockdown nos próximos dias Bolsonaro faz anúncio do diagnóstico perto de jornalistasApós diagnóstico positivo de covid-19 em Bolsonaro, Guedes também fará testeImprensa internacional repercute teste positivo de Bolsonaro para COVID-19Flutuação em número de leitos não caracteriza melhora, diz secretárioCoronavírus: com recorde Minas tem 73 mortes e 3.138 casos em 24hBolsonaro: Pazzuello não permanecerá no cargo de ministro da SaúdeJá o Centro-Oeste, na avaliação de Mandetta, é uma “região intermediária”. Ele afirmou que Campo Grande é uma cidade “plana, muito larga” o que não forçaria contato físico, além de possuir boas condições de saneamento. O ex-ministro afirmou que essas são condicionantes que, depois de passada a pandemia, ajudarão a entender como o vírus se comportou em cada região.
Apesar de negar que tenha falado em 150 mil mortes por COVID-19 no Brasil ao final da pandemia, Mandetta disse que é “muito difícil” que o país não ultrapasse os três dígitos (100 mil) em mortalidade. “O ritmo com que vão os números de óbitos é largo”, afirmou, depois de apontar a média de mil mortes diárias. Mandetta voltou a citar sua projeção feita em março, de que a pior fase da crise duraria cinco meses no Brasil.
“O que eu disse na época foi: teremos 20 semanas muito duras pela frente. Isso eu disse em março. 20 semanas significam cinco meses. Que nós passaríamos março, abril, maio, junho, julho e agosto, para em setembro estarmos voltando para uma coisa assim: ‘passamos pelo primeiro ciclo epidêmico e vamos ver se teremos os rebotes de segundo turno’”, relembrou.
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa