Jornal Estado de Minas

ISOLAMENTO

Kalil critica 'furões' do isolamento: 'Nunca vi fazer churrasco em guerra'

Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19 (foto: Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19)
Ao anunciar o recuo no processo de reabertura do comércio de Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) criticou veementemente os ‘furões’ do isolamento. O chefe do Executivo municipal comparou a luta contra o coronavírus a uma guerra e ironizou quem “faz churrasco” e causa aglomerações durante este período de pandemia.



“Em 18 de março, avisei que estávamos em guerra. Faltou a muita gente a compreensão de que nós estamos em guerra. Eu nunca vi fazer churrasco em prédio em guerra, eu nunca vi correr em guerra”, criticou Kalil, em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (26), na Prefeitura de BH.

O prefeito anunciou que, a partir da próxima segunda (29), apenas os serviços considerados essenciais (clique aqui e veja quais são) poderão funcionar na capital mineira. Na prática, a cidade volta à ‘estaca zero’, já que todos os estabelecimentos liberados a funcionar ao longo do processo de reabertura deverão fechar novamente.

“Temos responsabilidade total sobre o que está acontecendo. A culpa é toda do prefeito, que está matando a economia e o comércio. Mas só temos uma coisa que vamos tentar preservar até o último dia em que eu for prefeito desta cidade: é a vida. É a coerência, é a responsabilidade com a vida humana”, defendeu Kalil.

Iniciada em 25 de maio, a reabertura do comércio causou uma explosão de casos e mortes em decorrência do coronavírus, além de aumentar sobremedida a demanda por internações na rede pública de saúde. Segundo boletim epidemiológico divulgado nesta sexta pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), BH registra 4.977 casos de COVID-19, dos quais 109 resultaram em mortes.