Jornal Estado de Minas

COVID-19 EM MINAS

Estudo inédito prevê pico da COVID-19 para agosto em Minas, com mais de 150 mil infectados

Projeção para o pico da COVID-19 em Minas (foto: Funcional Health Tech)

Estudo realizado por uma empresa de saúde e tecnologia prevê que o pico de contaminações da COVID-19 em Minas Gerais ocorrerá em 15 agosto. De acordo com a Funcional Health Tech, o cenário é mais alarmante do que o previsto até agora por outras projeções.



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Segundo o levantamento, Minas chegará a 153.549 pessoas contaminadas até agosto, excluindo os mortos e os recuperados. Ou seja, o número corresponde às pessoas que estarão contaminadas naquela data específica e não ao total acumulado de infectados durante todo o período de pandemia.

Segundo o estudo, a quantidade total de contaminados no estado deve ser de 4.793 milhões. Porém, os pesquisadores acreditam que ‘apenas’ 684,8 mil sejam diagnosticadas.

A previsão para o Brasil é de que o pico ocorra em 6 de julho, com 1.780 milhão de infectados (0,85% da população).


O estudo da Funcional Health Tech foi elaborado a partir do modelo open source (código aberto). A plataforma está disponível (clique aqui) para a realização de análises regionais com suporte da ciência de dados, ajudando gestores locais a definir protocolos mais assertivos de combate ao coronavírus.


Organizações públicas e privadas do segmento da Saúde, como operadoras de saúde, hospitais, indústrias farmacêuticas, fornecedores de insumos, profissionais de sustentabilidade, gestores públicos, além da comunidade científica, também podem consultar e customizar as soluções e fazer novas análises a partir do algoritmos já criados.

A empresa afirma que o resultado foi alcançado a partir de uma modelagem matemática utilizada com êxito nas principais epidemias vividas no mundo nos últimos 100 anos. Alertam, também, que mudanças na forma de enfrentamento da pandemia podem alterar as previsões.

Números oficiais

De acordo com os dados oficiais da Secretaria de Estado de Saúde, Minas registra 22.024 ocorrências de COVID-19. O boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira indica 502 mortos pela doença no estado.


Belo Horizonte tem o maior número de casos, 3.412, e confirmou o maior número de mortes em um único dia, desde o registro da primeira em 16 março: foram nove. De acordo com o balanço, BH passou de 67 para 76 óbitos.

No Triângulo Mineiro, Uberlândia puxa o número de casos. O município é o segundo em número de mortes, 41, e de casos, com 2.135 diagnósticos positivos para a COVID-19. Na sequência, vem Juiz de Fora com 843 caos e 38 mortes.

Alerta em junho

Só nos primeiros 14 dias de junho, o número total de casos de COVID-19 em Minas dobrou em relação à quantidade acumulada em março, abril e maio.



Entre março e maio, Minas Gerais detectou oficialmente 10.464 pessoas com a doença. Só nas duas primeiras semanas de junho, foram registrados 10.917 novos casos no estado. O número total, portanto, mais que dobrou e chegou a 21.381.

Considerados os 16 dias já decorridos de junho, Minas detectou oficialmente 11.560 novos casos da doença. São 1.096 a mais que os 10.464 registrados nos 85 dias anteriores de enfrentamento à pandemia desde que a primeira pessoa testou positivo para a doença em solo mineiro, em 8 de março.

Subnotificação

No final de maio, o subsecretário em Vigilância e Saúde da Secretaria Saúde, Dario Ramalhoadmitiu que pode ocorrer subnotificação dos casos de COVID-19 em Minas.

Segundo Dario, a secretaria trabalha com a estimativa de um para cada 10 casos.