Jornal Estado de Minas

COMPARAÇÃO

BH e Minas têm situação mais controlada que o resto do país em casos e mortes por milhão

Gráfico elaborado com base em dados do Ministério da Saúde. No topo, a data correta é 04/05/20 (foto: Reprodução/Twitter João Gabbardo )
Belo Horizonte e Minas Gerais estão em posição melhor que a maioria dos estados e capitais no número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus e mortes por COVID-19 a cada milhão de habitantes. A capital aparece em 24º lugar e o estado em 26º nos dois recortes de números epidemiológicos, segundo uma tabela que usa dados do Ministério da Saúde compilados até essa quinta-feira (4/6). A tabela foi postada no Twitter pelo ex-secretário executivo do Ministério da Saúde e atual chefe do centro de contingência do coronavírus do estado de São Paulo, João Gabbardo.



 

Com 853 casos confirmados por milhão de habitantes na última quinta-feira, Belo Horizonte aparece na 24ª colocação entre as 27 capitais nesse quesito. Desse ponto de vista, a situação da cidade é a mais controlada entre as 10 maiores capitais. A prefeitura de BH, no boletim epidemiológico desse dia, calculava um total de 2.144 casos.
 
Nesse recorte dos números, a capital com situação mais controlada é Campo Grande, com 381 casos por milhão. Já a pior é Macapá, com 10.858 confirmações a cada milhão de pessoas, seguida por Rio Branco (10.834) e Fortaleza (9.933). Um dos principais epicentros da pandemia no país, a cidade de São Paulo ficou na 14ª colocação, com 5.660, e o Rio de Janeiro na 15ª, com 5.015. 
 
Com 22 mortes por COVID-19 a cada milhão de habitantes, BH também aparece na 24º posição na lista das capitais. Em 4 de junho, a prefeitura da capital mineira calculava um total de 55 óbitos pela doença na cidade. Belém aparece no topo da lista, com 1.016 mortes por milhão, seguida por Fortaleza (908) e Recife (715). Com 630 óbitos a cada milhão de pessoas, a cidade do Rio de Janeiro é a quinta colocada, enquanto São Paulo, com 381, é a sétima. Campo Grande, com 8 mortes por milhão, tem a situação mais leve quando se olha os números por esse ponto de vista. 


 
A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou nesta sexta-feira (5/6) que vai dar prosseguimento ao processo de reabertura gradual do comércio na próxima segunda. Para tomar essa decisão, o Comitê de Enfrentamento à Epidemia de COVID-19 da capital não usa o número de casos ou mortes por milhão de habitantes Os critérios são três: o número médio de transmissão por infectado, a ocupação dos leitos de UTI e a ocupação dos leitos de enfermaria. Segundo o grupo, esses números em BH são favoráveis a ponto de permitir mais um passo da reabertura.
 

Comparação entre estados 

 
Segundo os números, na última quinta-feira, Minas Gerais era o segundo estado com menos casos confirmados por milhão de habitantes, com 616; atrás apenas do Paraná, que tinha 509. Porém, nesse dia, o boletim epidemiológico da Secretária de Estado de Saúde contabilizava um salto de 1.024 novas confirmações nas 24 horas anteriores, totalizando 13.034 casos no estado. 
 
O Amapá lidera a lista entre os estados, com 13.658 casos por milhão de habitantes, seguido pelo Amazonas (11.213), e o Acre (7.961). Os dois estados mais afetados pela pandemia no Brasil ficaram mais abaixo na tabela. São Paulo ocupa a 17ª posição, com 2.814 casos a cada milhão, enquanto o Rio de Janeiro tinha 3.567, na 14ª posição. O Brasil tinha contabilizado até então 2.926 confirmações de infecção pelo coronavírus. 


 
Quando se calcula o número de óbitos a cada milhão de habitantes com os dados até 4 de junho, Minas Gerais permanece na 26ª colocação, com um índice de 15. No entanto, nesse dia a Secretária de Saúde estadual contabilizava um recorde de mortes diárias, chegando a um total de 323 óbitos no estado com diagnóstico de COVID-19.  O Mato Grosso do Sul, com 7 mortes por milhão de habitantes, é o último da lista. 
 
O Amazonas lidera, com 527 mortes a cada milhão de pessoas. O Ceará é o segundo estado em situação mais grave, com um índice de 418, seguido pelo Pará, com 397. O estado do Rio aparece mais acima nesse recorte, na quarta posição e com 366 óbitos por milhão, enquanto São Paulo ocupa o nono lugar, com 186. O país tinha 162 mortes a cada milhão até 4 de junho. 
 
O Ministério da Saúde divulga a incidência de casos e mortes por coronavírus nas regiões e estados a cada 100 mil habitantes, e não por um milhão. Segundo a pasta, o recorte por milhão de pessoas é feito para países, e não regiões. O ministério não divulga nos boletins diários o numero de casos e mortes a cada 100 mil habitantes para as capitais. Porém, segundo o governo do estado de São Paulo, João Gabbardo utilizou números públicos da pasta pra elaborar a tabela. 
 
Veja o recorte completo de casos e mortes por milhão nas capitais e estados: 
 
 
 
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa