Jornal Estado de Minas

SEMANA SANTA

Cidade de Santa Luzia revive a Paixão de Cristo mesmo com santuário fechado

Com o santuário dedicado à padroeira fechado, devido à pandemia do novo coronavírus, moradores de Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte, tiveram de acompanhar o sermão do Descendimento da Cruz, nesta sexta-feira da Paixão, na capela-mor da igreja barroca, no Centro Histórico da cidade. O padre Felipe Lemos rezou pelas vítimas da doença que flagela o mundo e pela saúde de todos.



O calvário, que antes ficava no adro da igreja, com a encenação da Paixão de Cristo, seguida de procissão, foi montado no altar da padroeira. Diante do padre, havia apenas alguns seminaristas e a equipe da pastoral da comunicação. A medida visou evitar aglomerações. Os católicos e demais interessados assistiram a todas as cerimônias pelas redes sociais da paróquia: @santuariosantaluziamg.

Como é tradição, homens da comunidade, vestidos de branco, retiraram, durante as palavras do padre Felipe, os martírios (coroa, placa, cravos) e a imagem de Jesus da cruz. Ao final, houve o canto da Verônica, na voz de Lilian Soares.

Disse o padre Felipe durante o sermão do Descobrimento da Cruz: "No corpo chagado e ensanguentado de Jesus estão todas as pessoas marginalizadas, todas as mulheres vítimas de feminicídio, todos os nossos irmãos vítimas de preconceito, todos os que sofrem, neste momento, com a pandemia do novo coronavírus".