Jornal Estado de Minas

Dom Walmor celebra Missa da Unidade para apenas seis pessoas

A tradicional Missa da Unidade, que marca a abertura das celebrações da Semana Santa pela Igreja Católica, foi celebrada na manhã desta quinta-feira pelo arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo. Mas ao invés de reunir milhares de pessoas no Mineirinho, como há quatro décadas, em tempos de pandemia de COVID-19 contou apenas com celebrante, quatro padres e dois evangelizadores leigos que integram a equipe de canto daquela que é considerada a menor basílica do mundo, a Ermida da Padroeira de Minas Gerais, ponto mais alto do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, onde foi realizada.



Assim, os fieis tiveram de acompanhar tudo por meio como TV, rádio e redes sociais católicas. Nessas, ainda é possível assistir toda a celebração.
As restrições impostas pelo novo coronavírus, claro, fez parte do sermão de dom Walmor. “Nosso coração se aperta porque não estamos nas igrejas, ruas ou praças, mas estamos em nossas casas. Um tempo especial seja este, o Tríduo Pascal, no silêncio que nos fecunda, na revisão de vida que nos compromete com um jeito novo de ser e uma compreensão nova para fecundar nossa cidadania no caminho de uma sociedade justa  e fraterna.”, afirmou.

Mas ele fez questão de ressaltar que o combate ao novo coronavírus não deve ser a úncia luta na qual as pessoas devem se engajar. “A pandemia da COVID-19 colocou às claras as muitas feridas da nossa humanidade. E ao lançar olhar sobre essa humanidade sofredora, na qual estamos inseridos, somo chamados a reavivar nossa esperança. Temos um caminho. Um caminho que não é a lógica do lucro, não é o caminho da idolatria do dinheiro, não é o caminho das articulações artimanhossas da políctica, não é o caminho de quem procura o seu. Por isso hoje se torna importante para todos nós reavivar a nossa unidade. E a nossa unidade é mais que apenas um consenso. (...) É mais que a importância essencial de todo diálogo. Mais ainda que um simples congregar-se por afinidades, ou por ser devedores de favorres a este ou aquele. A nossa unidade é a raiz da nossa vida, cujo alicerce é Ele, Cristo, a quem devemos fixar o nosso olhar, como a cada ano nesta liturgia proclamos”, declarou o arcebispo.

“Precisamos ser solidários uns com os outros, particularmente com os moradores de rua, com os vulneráveis, com os pobres e os empobrecidos nestes tempos em razão da pandemia. (...) Que saibamos superar esta pandemia do cornavírus e também as muitas outras pandemias, como extermínio de indígidas, extermínio de moradores de rua, feminício vergonhoso, a exclusão social, as manipulações políticas, para que brilhe a luz da esperança na presença amorosa de Cristo.” 
 
 
 
Durante a Missa, os óleos utilizados pelas paróquias nos sacramentos do Batismo, da Crisma e da Unção dos Enfermos foram abençoados. Também foi reafirmada a importância de as pessoas celebrarem a Semana Santa, mesmo que em casa.





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