Após o fechamento de alguns espaços públicos de Belo Horizonte, medida tomada pela prefeitura para conter a disseminação do coronavírus, as praças atingidas amanheceram vazias. Na Praça JK, a Guarda Municipal assegurava que ninguém furasse o cerco de gradis ao redor do equipamento público.
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Já uma pequena praça ao lado da JK, ao lado da Vila Acaba Mundo, não estava fechada e tinha pessoas reunidas. Também ao lado dali, a pista de caminhada da Avenida Bandeirantes estava movimentada, apesar do clima ameno e da névoa.
O administrador Marcos Azevedo caminha no circuito três vezes por semana e considerou positivo fechar a praça porque estava havendo aglomeração. Próxima dali, a Praça do Papa estava bastante vazia. Foi a impressão da costureira Renata de Almeida, que reparou que, quando se cruzam, as pessoas tentam se distanciar.
Praça da Liberdade
Já na Praça da Liberdade, também fechada ontem pela prefeitura, vários usuários corriam ou caminhavam na rua ou no passeio ao redor. O publicitário André Cruz considerou a medida acertada. " Tenho observado que aqui está tendo aglomeração de pessoas. A Praça da Liberdade é o coração da cidade, vejo muitos idosos que param, conversam e se encostam", relata. Moradora de um edifício em frente à praça, a relações públicas Márcia Brandão não aprovou o fechamento, mostrando as pessoas caminhando na rua. Ela foi uma das que precisou se exercitar na calçada.
O guarda municipal Douglas Martins disse que ninguém tentou entrar na praça, à exceção de um morador de rua que retirou seus pertences guardados no coreto. Porém, a advogada Luana Priscila da Silva saiu do Prado e foi surpreendida pela praça fechada. "Acho que vou para a praça da Assembleia. Acabei de passar lá e estava movimentado", conta.