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Estado de Minas COVID-19

Coronavírus: maioria dos lojistas de Belo Horizonte mantém as portas fechadas

Mesmo com movimento fraco, alguns pequenos comerciantes abrem os estabelecimentos e utilizam máscaras para minimizar efeitos da doença


postado em 30/03/2020 15:35 / atualizado em 30/03/2020 16:06

Principais lojas da rua Curitiba, no centro de BH, estão fechadas.(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D. A Press)
Principais lojas da rua Curitiba, no centro de BH, estão fechadas. (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D. A Press)
Apesar da pressão de muitos setores para a flexibilização das restrições às atividades econômicas em função da pandemia da COVID-19, a grande maioria dos lojistas de Belo Horizonte tem respeitado a determinação de ficar com as portas fechadas. As pessoas, ao contrário, parecem estar mais relaxadas em relação ao aconselhamento de ficar em casa, pois as ruas estão visivelmente mais cheias que há uma semana, quando a reportagem do Estado de Minas também percorreu logradouros.


Na região central, alguns comerciantes desafiam o determinado pelo decreto municipal expedido há cerca de 15 dias. Gente que reconhece os riscos, mas tenta manter o mínimo de atividade para conseguir pagar as contas.

 

É o caso do empresário José Wilson Batista Sena, dono de duas lojas no hipercentro da capital. Ele fechou a maior e deu férias coletivas aos 18 funcionários, mas desde sábado decidiu abrir a menor, na Rua Curitiba, onde vende utensílios dométicos.

“A situação está cada vez mais difícil. Para pagar a folha deste mês eu tenho recursos, mas se continuar como está, terei de demitir empregados, o que não gostaria de fazer de jeito nenhum”, explica ele, que está há 30 anos no ramo.

Para contornar ou diminuir os riscos de disseminação do novo coronavírus, ele e os colaboradores estão trabalhando de máscaras. Também há controle na entrada do estaabelecimento, permitindo o acesso de no máximo dois clientes por vez. Também disponibiliza álcool-gel para todos.

“Está complicado. Sábado vendi cerca de 25% do que costumo negociar normalmente, mas temos de continuar tentando. Os boletos não param de chegar”, argumenta ele, que já entrou em contato com bancos e com imobiliária para negociar valores a pagar.

Os pequenos comerciantes são os mais vulneráveis em situações como a atual e até por isso são os que mais buscam formas de funcionar. Entre as avenidas Afonso Pena e Amazonas, foi possível ver, por exemplo, alguns estabelecimentos diminutos com seus produtos do lado de fora, como os que negociam bolsas, malas e calçados.

Já os restaurantes, padarias e lanchonetes estão obedecendo a determinação do poder público. Assim, vendem produtos, mas só para quem tirá-los do local. Na falta de local apropriado, algumas pessoas compram comida em embalagens descartáveis e comem sentados na própria rua ou nas praças, como a Rio Branco, em frente à rodoviária.

O panorma não se altera em bairros da região central, como o Barro Preto, Gutierrez e Savassi. Movimento mesmo só em supermercados em farmácias, autorizados a funcionar pelo prefeito Alexandre Kalil.

Mas distante do centro, em Venda Nova, a maior parte dos comerciantes também tem mantido as portas fechadas. A diferença lá é que, além de supermercados e farmácias, as agências bancárias, principalmente da Caixa Econômica Federal, apresentaram a condenável aglomeração de pessoas.

Praça fraca

Com quase todo o comércio da cidade fechado, quem também sofre são os motoristas de táxi. Ao invés de corridas seguidas, eles encaram horas de ociosidade nos pontos, mesmo aqueles mais disputados, em função do isolamento social aconselhado à população pelas autoridades de saúde.

“Em 38 anos de profissão, nunca vi movimento tão fraco”, afirma o taxista Marcos Roberto, estacionado nas esquinas de Rua Curitiba com Carijós, no centro de Belo Horizonte.

Ele diz ter ficado os últimos oito dias em casa, justamente por saber que não haveria passageiros, mas voltou a trabalhar ontem depois de ouvir notícias que os comerciantes iam abrir as lojas. “Como está tudo fechado, me arrependi de ter vindo”, argumenta ele, que saiu de casa às 6h30 e até as 12h30 havia feito apenas duas corridas. “Não vale à pena.”

O que é o coronavírus?

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

Especial: Tudo sobre o coronavírus 

Coronavírus: o que fazer com roupas, acessórios e sapatos ao voltar para casa

Coronavírus é pandemia. Entenda a origem desta palavra


Colaborou Aissa Mac

 


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