Jornal Estado de Minas

Zema: 'estudos sobre flexibilização do isolamento social em Minas estão mantidos'

 
O registro da primeira morte por coronavírus em Minas Gerais, o de uma idosa de 82 anos que estava internada no Hospital Biocor, em Nova Lima, não fez o governador Romeu Zema (NOVO) mudar de ideia sobre a possibilidade de flexibilizar o isolamento social no estado. Nesta segunda-feira (30), em entrevista transmitida pela Rede Minas, Zema confirmou que os  estudos a respeito seguem em andamento. 


 
“Temos a Região Metropolitana e a Região Sul com um número muito maior de casos, enquanto a Região Leste e Norte com muito menos casos. Será que temos que tratar todos igualmente?", questionou o governador.

Zema ainda fez uma espécie de analogia médica para explicar a intenção do governo. "Será que temos que dar o mesmo medicamento para quem está com 39 graus de febre e para quem está com 42 graus, tendo convulsão?”, acrescentou o governador, deixando no ar a possibilidade de definir regras de isolamento social em cada região do estado com base no número de casos de COVID-19 já confirmados. 
 
Durante a entrevista, Zema ressaltou a importância dos testes rápidos para o diagnóstico do coronavírus e informou que ainda nesta semana a Fundação Ezequiel Dias e o Laboratório Hermes Pardini ampliarão em grande escala a produção desses testes. Sem entrar em maiores detalhes, Zema afirmou que o Governo Federal estará enviando algumas 'dezenas de milhares' de testes rápidos para Minas Gerais.


 
“É fundamental essa questão dos testes para que muitas pessoas tenham condição de falar se têm condição de trabalhar ou devem ficar isoladas”, afirmou o governador, que completou ressaltando o esforço do governo de Minas em adquirir os testes: “Estamos correndo atrás para termos a maior quantidade possível deles”, completou.
 
Um dos outros tópicos da entrevista foi a construção de hospitais de campanha para o atendimento de infectados pelo coronavírus nas regiões mais afetadas do estado. Romeu Zema informou que a Polícia Militar tem feito um levantamento das “principais cidades” para a construção de hospitais de campanha em parques de exposição ou áreas com infraestrutura adequada.
 
Neste aspecto, uma das estratégias defendidas por Zema é detectar hospitais ou postos de saúde com infraestrutura favorável a instalação de mais leitos e centros especializados: “É muito mais fácil instalar leitos e UTI’s onde já funcionam do que começar com uma estrutura do zero”, finalizou.

 
*Estagiario sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira