“Certamente, os laboratórios terão de se adaptar, especialmente em relação à viabilização de equipamentos de segurança e treinamento de técnicos que realizarão os testes. Tudo isso será alinhado com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), única responsável pelo procedimento até então em Minas Gerais”, disse Mário Montenegro Campos, pró-reitor de Pesquisa da UFMG.
A estrutura disponibilizada pela UFMG tem condição de fazer dois mil testes. Mário Montenegro Campos considera que esse número pode aumentar, mas avisa: “Isso demanda grande esforço da instituição. Além de tempo e material, é necessário altruísmo das equipes, que estarão, em certa medida, expostas à infecção”.
Mário Montenegro Campos, por fim, avisa que a UFMG trabalharia sob orientação da Funed. “Nosso trabalho busca agilizar as ações da Funed. Portanto, as pessoas não poderão vir à UFMG para fazer o teste”.
O teste oferecido pela UFMG se baseia na reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR) e tem como vantagem a possibilidade de rápida detecção do vírus. Ele faz a detecção do RNA do vírus em amostras de sangue ou soro e precisa de equipamentos modernos para a realização da PCR. Ele demora algumas horas para ser realizado, que incluem a etapa de extração do material genético da amostra e a análise.
De acordo com o mais recente levantamento do Ministério da Saúde, divulgado na tarde desse domingo, 25 pessoas morreram no Brasil em decorrência do coronavírus. O país também tem 1546 casos confirmados da COVID-19 (83 em Minas Gerais). O primeiro deles foi detectado em 25 de fevereiro deste ano.