Jornal Estado de Minas

Cerca de 500 escorpiões são encontrados dentro de casa em Montes Claros

Dormindo com os escorpiões. Parece nome de filme, mas foi a realidade vivida por uma mulher, de 60 anos, em Montes Claros (Norte de Minas). No endereço da mulher, no Bairro Vila Exposição, agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Montes Claros encontraram cerca de 500 escorpiões, nesta sexta-feira.


 
De acordo com coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Flamarion Cardoso Gualberto, a mulher é catadora de material reciclável e no quintal da residência havia lixo e restos de materiais de construção e uma porta velha, que viraram abrigo e meio de reprodução dos aracnídeos. Mas, dentro da casa foram localizados cerca de 200 escorpiões, que estavam debaixo de blocos de concreto. 
 
Por outro lado, o coordenador do CCZ disse que não foi descartada a possibilidade de serem encontrados escorpiões no quarto onde dorme a moradora, que ainda não tinha sido vistoriado pelos agentes até a tarde desta sexta-feira.  
 
Flamarion Cardoso disse que os cerca de 500 aracnídeos foram recolhidos vivos e encaminhados para a sede do Centro de Controle de Montes Claros. Os escorpiões serão encaminhados para o Instituto Butantã, em São Paulo, visando a produção de soro antiofídio. 
 
“Foi uma história inusitada deparar com uma quantidade tão grande de escorpiões em um domicílio. Tenho 19 anos de trabalho na área e nunca tinha visto isso”, afirmou Cardoso. Ele disse que agentes do Centro de Controle de Zoonoses com mais de 30 anos de serviço também ficaram surpresos com a ‘descoberta”. 


 
Os agentes do CCZ providenciaram a limpeza e a retirada do lixo do quintal e da casa da mulher, que contribuíram para a infestação  dos escorpiões, criando um ambiente propicio para a reprodução e “moradia” dos aracdíneos.
 
Segundo Flamarion Cardoso, a moradora informou que nunca foi picada apesar de “literalmente”, viver em um domicilio junto com centenas de escorpiões. Ele explica que se ela tivesse sido picada por um dos escorpiões  correria sério risco, pois o veneno do aracnídeo pode ser letal para pessoas com mais de 60 anos.