Jornal Estado de Minas

Saiba quais hospitais de BH restringem visitas e acompanhantes por causa de coronavírus


No mesmo dia em que Minas decretou situação de emergência na saúde do estado devido à pandemia de coronavírus, hospitais privados e públicos emitiram notas com medidas de prevenção ao avanço do vírus em suas intermediações. Visitas foram restringidas e protocolos foram criados.



A Santa Casa de Belo Horizonte, na região hospitalar, informou que, a partir de segunda-feira, grávidas ou pessoas acima de 65 anos estão proibidas de visitar ou acompanhar pacientes na unidade de saúde. 

Além disso, ainda que o visitante ou acompanhante não faça parte do grupo mais suscetível à contaminação do Covid-19, ele deverá seguir novos padrões determinados pelo hospital. Diariamente, um paciente só poderá ser visitado por uma pessoa que terá, no máximo, uma hora para deixar a unidade.

A Santa Casa também informou que a visitas ao Centro de Terapia Intensiva (CTI) de isolamento serão agendadas na Gerência de Alta Complexidade. Lá, estará proibida a entrada de visitantes e acompanhantes com sintomas gripais. A recomendação é de que aqueles que conseguirem acessar o local, devem se dirigir apenas ao leito do seu paciente, não sendo permitido transitar por outros setores.



Já no CTI Pediátrico, estão autorizados dois visitantes, sendo pai, mãe ou responsável pelo menor. O horário das visitas será das 10h às 13h ou das 14h às 17h. No CTI Neonatal está autorizada a presença de pai e mãe ou responsável como acompanhante, não sendo permitidas visitas.

A unidade de saúde faz parte do mesmo grupo do Hospital São Lucas, que também decretou medidas de restrição de visitantes, para diminuir a circulação de pessoas no local. Lá, também está restrito o acesso de grávidas, pessoas em tratamento oncológico e dialítico, com sintoma gripal e com mais de 65 anos.

O Hospital Lifecenter, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de BH, tomou medidas ainda mais rigorosas. A partir desta sexta-feira, a unidade manterá suspensas as visitas em todos os setores. De acordo com  o hospital, a ação preventiva visa garantir a segurança dos pacientes ao diminuir o fluxo de pessoas externas que transitam no local. A restrição não se aplica a acompanhantes nos casos previstos em lei, que continuarão sendo recebidos normalmente”, informou. Todos os serviços do hospital, como consultas, cirurgias e pronto atendimento estão funcionando normalmente. 



Por outro lado, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais informou que ainda não adotou nenhuma medida restritiva em relação ao fluxo de atendimento para casos suspeitos. A instituição informou que está avaliando, diariamente, o cenário na capital e em todo o estado.

Já o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e o João Paulo II, ligados ao Governo de Minas, apenas afirmaram que  estão recebendo orientações e cumprindo os protocolos clínicos determinados pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado de Saúde. 

O Hospital Metropolitano Odilon Behrens informou em nota que, como até o momento Belo Horizonte não registrou nenhum caso confirmado da doença, não há nenhuma indicação ou orientação das autoridades sanitárias para restrição de visitas.


O Estado de Minas procurou a assessoria de outros importantes hospitais da capital mineira. As assessorias da Rede MaterDei e dos hospitais Madre Teresa e Felício Rocho não responderam aos questionamentos da reportagem. 

Emergência

O decreto de emergência do governador Romeu Zema (Novo) prevê a realização compulsória de exames médicos, coleta de amostras clínicas, testes laboratoriais e vacinação. Ao todo, Minas Gerais já registra 307 casos suspeitos e dois confirmados. 

* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.