Jornal Estado de Minas

CARNAVAL 2020

Carnaval também é palco de protestos

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Se carnaval é sinônimo de alegria e irreverência, é também palco de protestos. Então, nada melhor do que usar a festa momesca para se indignar com a política, a homofobia, o assédio, o racismo, as fake news, e por aí vai.


Em cima dos trios elétricos, as vozes “oficiais” dos blocos dão o seu recado, mas é no chão, no meio da pipoca, que foliões como Mônica Nunes e Wandeir Campos se unem a outros milhares de festeiros para reclamar, reivindicar e defender direitos.

No Tchanzinho Zona Norte, Mônica se vestiu de empregada doméstica em alusão à recente declaração polêmica do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Saudades da Disney” era a faixa que ela carregava para defender sim que domésticas ou qualquer outra pessoa podem ir a Orlando quando e como quiserem.

Já Wandeir mandou sua mensagem contra a homofobia: “Por que meu cabelo grande fere tanto sua masculinidade?”. O tom político ainda predominou em fantasias do burrinho da animação Shrek usando a faixa presidencial e em adereços com os dizeres: “A Terra é plana”.