Em convênio assinado entre o governo de Minas e a Prefeitura de Contagem, ficou decidida a destinação de R$ 50,5 milhões para a criação de duas bacias de retenção no município, além da retomada das obras em uma terceira estrutura. De acordo com o governo estadual, o acordo ainda deve liberar R$ 73,9 milhões em recurso federais, partindo da Caixa Econômica Federal. O convênio foi assinado nessa quinta-feira pelo governador Romeu Zema (NOVO) e o prefeito Alex de Freitas (sem partido).
O valor negociado será destinado à construção de uma bacia de retenção no Córrego Ferrugem e uma bacia de retenção no Córrego Riacho das Pedra - Bacia B2, na Praça Rio Volga. Além disso, o dinheiro será destinado à retomada das obras de uma terceira bacia, também no Córrego Riacho das Pedras, a bacia B5, também conhecida como Toshiba.
A previsão é de que as obras evitem as inundações na Avenida Tereza Cristina, Vila São Paulo, na divisa de Contagem com Belo Horizonte, onde o Córrego Ferrugem deságua no Ribeirão Arrudas. Do total, a maior parte (R$ 27,8 milhões) será cedida pelo próprio município, enquanto R$ 22,7 milhões virá do governo estadual.
De acordo com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), a bacia B2, que já teve as obras retomadas em 8 de agosto do ano passado, deve ser entregue no primeiro semestre de 2021. Já a bacia B5 deve ser entregue no segundo semestre do mesmo ano. O valor total de investimento nas bacias é de cerca de R$ 25 milhões na B2 e de R$ 29 milhões na B5.
A quantia também deve ser destinada à construção de 272 unidades habitacionais, das 304 totais nas áreas de reassentamento, sendo 19 edifícios com quatro pavimentos cada, para abrigar as famílias removidas das regiões atingidas pelas fortes chuvas do início do ano.
Além disso, o investimento contemplará a construção de um Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) e uma Unidade de Saúde da Família, na Vila São Paulo.
Riacho das Pedras
O trabalho prevê intervenções junto aos canais de macrodrenagem dessas bacias, com aumento da capacidade de escoamento das águas para controle das inundações nessas regiões e de melhoria nas redes de microdrenagens, com toda a infraestrutura necessária ao seu funcionamento, como a execução de meio fio, sarjetas, bocas de lobos, tubulações e nova pavimentação, para melhorar o escoamento das águas.Complemento Arrudas
Segundo o governo, a proposta técnica para complemento das ações da segunda etapa do empreendimento de Requalificação Urbana e Ambiental do Ribeirão Arrudas prevê a “implantação, recuperação e revitalização dos sistemas de drenagem urbana da Avenida Tereza Cristina e demais vias urbanas do entorno, no trecho compreendido entre o viaduto do Barreiro e Avenida Castelo Branco, em Belo Horizonte e Contagem”.
A previsão é de que com as obras haja uma melhora no escoamento das águas pluviais, incluindo os dispositivos hidráulicos (sarjetas, bocas-de-lobo, caixas de passagem, descidas d'água, entre outros) e a articulação viária.
Além disso, faz parte do escopo das obras, entre outros serviços, a implantação do interceptor da Avenida General David Sarnoff e de contenções na margem esquerda do Ribeirão Arrudas.
* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie