Jornal Estado de Minas

Polícia Civil indicia jovem que acusou PMs de agressão

(foto: PCMG/Divulgação)
A Polícia Civil indiciou nesta quinta-feira (19) um jovem de 21 anos por denunciação caluniosa. O rapaz relatou ter sido agredido por policiais militares na saída de uma casa noturna no Bairro São Pedro, Região Centro-Sul da capital, em 28 de dezembro do ano passado.



A Polícia Civil concluiu as investigações e identificou um homem de 29 anos  suspeito de ter agredido e roubado pertences do jovem que fez a denúncia. 
 
O delegado Wagner Sales explicou que o rapaz registrou uma suposta denúncia de agressão por policiais e também o desaparecimento de seu celular e carteira com documentos e dinheiro. “Iniciadas as investigações, apurou-se, através de imagens de circuitos internos, que o jovem saiu de uma casa noturna com visível dificuldade de se locomover, deu uma volta no quarteirão correndo e caiu na entrada de um prédio. Logo após, um homem agrediu o jovem na cabeça e retirou seus pertences. O suspeito agiu com um comparsa, que ainda não foi identificado”, detalha o delegado.

Ainda segundo a Polícia Civil, após o roubo, um motorista de aplicativo socorreu o jovem e o deixou em uma unidade da Polícia Militar. A delegada Cianara Rocha relata que a PM acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para atender o jovem, porém ele saiu do lugar correndo.


“Policiais acionaram uma viatura e localizaram o rapaz nas proximidades, para levá-lo até o pronto-socorro mais próximo. Contudo, durante o trajeto, o jovem pediu para ser deixado em um lugar que ele alegava ser a casa da tia dele, sendo atendido pela equipe policial militar”, explica a delegada.
 
Cianara completa que o crime de denunciação caluniosa consiste em instaurar procedimento contra alguém sabendo que essa pessoa não é culpada. “A apuração de qualquer delito cabe à polícia. Então, na dúvida quanto à autoria, não cabe à vítima apontar  ninguém, pois ela pode responder por isso”, explicou a delegada.
 
 
 
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz