Jornal Estado de Minas

Trio elétrico de 21 metros chega a BH para desfile de seis blocos

Caminhão, fotografado na Avenida Amazonas, na Região Oeste de BH, seguiu até a Praça da Estação (foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)

Em meio à polêmica sobre o licenciamento de carros de som usados por blocos de rua em BH, um trio elétrico vindo de Monte Belo, no Sul de Minas, a 450 quilômetros da capital, chegou a Belo Horizonte na manhã desta quinta-feira escoltado pela Guarda Municipal.


Diferentemente dos carros menores, o caminhão adaptado cumpre toda documentação exigida pelos órgãos competentes e será usado por seis blocos no carnaval de BH, entre eles o Baianas Ozadas, Beiço do Wando, Quando Come se Lambuza e Funk You.

O caminhão tem 21 metros, altura de seis metros e largura de 4,9m.

“Já estamos acostumados com essa grande fiscalização, porque tocamos no Brasil inteiro. Mas BH exigiu muito”, afirma Jean Carlos Vieira, um dos donos do Trio Titan. Segundo ele, esse carro já está com agenda completa e não tem como atender outros desfiles.

A escolta, feita por quatro motos e dois carros da Guarda Municipal, teve como objetivo facilitar o trânsito. O trio elétrico está estacionado próximo à Praça da Estação, no Centro de BH.


“O trio elétrico demanda de investimento o ano todo. Chega no carnaval e tem cara que pega um caminhãozinho, uma prancha e um som e concorre com quem investe o ano inteiro. Quanto mais fiscalizar, para a gente é melhor”, ressalta Cléver Vieira, irmão e sócio de Jean Carlos.

A documentação inclui laudos do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), além de laudos de engenheiro mecânico, engenheiro elétrico. O documento do caminhão especifica se tratar de um trio elétrico, exigência que está causando impasse com outros carros de som.

O carnaval de Belo Horizonte foi parar na Justiça depois que o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran) e a Polícia Militar afirmarem que os blocos de rua precisam atender à legislação federal para trios elétricos.

De um lado, autoridades de segurança do Estado, que alegam problemas nos carros de som usados pela maioria dos blocos. Eles são caminhões adaptados com um palco.

Blocos de rua, que atestam terem seguido à risca as determinações dos órgãos municipais, Belotur e BHTrans, e que essas reuniões com órgãos públicos tem sido feitas desde setembro.