Jornal Estado de Minas

Caso suspeito de coronavírus em BH provoca confusão de números por Ministério da Saúde


A coletiva de imprensa do Ministério da Saúde sobre o enfrentamento ao coronavírus, epidemia mundial, foi marcada por uma confusão de números. Embora o boletim epidemiológico apontasse 13 casos sob suspeita no país, o número correto são 12 pacientes.



Depois de serem perguntados por uma jornalista, as autoridades de saúde descartaram o caso suspeito da paciente de Belo Horizonte, uma estudante de 22 anos internada no Hospital Eduardo de Menezes, na capital mineira.

A planilha apresentada pelo órgão federal, porém, ainda continha o caso de BH como suspeito.

“Estamos afastando esse caso. Ele está sendo descartado. Ele não aparece (no boletim) porque recebemos a informação agora. As informações que temos aqui são até às 12 horas”, disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.

Questionado se o número seria corrigido, ele respondeu que não.

“Não vamos corrigir. A informação de hoje é 13. Estamos antecipando uma informação que vai estar amanhã (sábado) meio-dia no relatório”, afirmou Gabbardo.


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, fez três exames, usando técnicas diferentes, e todos eles descartaram o contágio pelo novo microorganismo, que começou a circular em dezembro de 2019.

O novo coronavírus faz parte de uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias de leves a moderadas em seres humanos e animais.

Os primeiros foram identificados em meados da década de 1960. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a paciente continua internada em ala isolada do Hospital Eduardo de Menezes, referência em doenças infectocontagiosas. Outras 14 pessoas próximas dela estão sendo monitoradas.

A estudante, de 22 anos, que apresentou sintomas semelhantes a um resfriado, esteve na cidade de Wuhan, onde há o maior número de pacientes infectados.

Ela informou aos órgãos públicos que não esteve no mercado de peixes chinês, considerado o local dos primeiros contágios. Também não teve contato com pessoa doente nem procurou nenhum serviço de saúde no país asiático.