Jornal Estado de Minas

Fiscais interditam empresa que fornecia monoetilenoglicol para Backer

Após uma fiscalização conjunta da Secretaria de Meio Ambiente de Contagem e da Vigilância Sanitária do Município, fa empresa denominada Imperquímica Comercial Ltda, situada no Bairro Vila Paris, foi interditada e teve suas atividades embargadas nesta sexta-feira.


De acordo com a nota divulgada pela administração municipal, o motivo foi a falta de alvará sanitário e a "constatação de que a empresa fazia o fracionamento de produtos químicos para posterior venda, o que não está contemplado pelo alvará que a empresa possui. Além disso, para ocorrer o fracionamento, algumas obras devem ser executadas."

Ontem, uma operação da Polícia Civil foi feita no local. Ela foi motivada por uma denúncia de que houve fraude e adulteração nos produtos na empresa Imperquímica. 

Um homem que não quis se identificar mostrou à reportagem do EM curtos trechos de um vídeo que teria sido gravado por um ex-funcionário da fornecedora em que as substâncias monoetilenoglicol e dietilenoglicol são supostamente misturadas em um mesmo galão. Segundo ele, as imagens foram entregues aos policiais.  Os investigadores vão apurar se houve algum tipo de adulteração na empresa fornecedora, com a troca do monoetilenoglicol pelo dietilenoglicol, que seria uma substância mais barata.

No entanto, a suposta adulteração, ainda em apuração pelos investigadores, não explica como aconteceu a contaminação das bebidas, já que, segundo a Backer, as substâncias usadas no processo de resfriamento não têm contato com o produto. De acordo com a cervejaria, as substâncias que resfriam o mosto quente (cerveja pronta para ir ao fermentador) passam por serpentinas que não têm contato com a bebida.