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Estado de Minas ESTELIONATO

'Mãozinha' do falso promotor

Homem é preso suspeito de golpe contra candidatos à aposentadoria. Ele dizia ser do MP e cobrava até R$ 4 mil em 'custas', com promessa de facilitar o processo, aponta investigação


postado em 18/12/2019 04:00

Documentos falsificados, carimbos de advogados e médicos, receitas, carteiras de trabalho e brasões, entre outros materiais em poder do suspeito, foram apreendidos(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Documentos falsificados, carimbos de advogados e médicos, receitas, carteiras de trabalho e brasões, entre outros materiais em poder do suspeito, foram apreendidos (foto: Polícia Civil/Divulgação)


Conseguir ou facilitar aposentadorias em troca “apenas' de auxílio em dinheiro para custear os processos. Essas eram as promessas feitas por Eliverdson de Paula Lucas Silva, de 50 anos, para atrair vítimas de estelionato. O homem, segundo investigações da Polícia Civil, se passava por promotor do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Ele foi preso em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A suspeita é que tenha praticado o golpe contra ao menos 200 pessoas, 25 nos últimos meses. O investigado já é conhecido da polícia, com uma longa ficha criminal. Para dar mais credibilidade ao golpe, o falso promotor atraía as pessoas a prédios do Poder Judiciário, como fóruns e Tribunal de Justiça, onde simulava audiências e despachos. De acordo com as investigações, o homem falsificava carimbos e assinaturas de advogados para forjar “procurações” e ter acesso a processos judiciais em curso. De acordo com o delegado Roberto Veran Braga, o investigado dizia que tinha acesso ao aparato judiciário e conhecia juízes e promotores, o que facilitaria a aposentadoria. “Nisso recolhia valores a título de custas do processo de R$ 2 mil a R$ 4 mil das vítimas”, contou. “As vítimas, em sua grande maioria, eram pessoas vulneráveis, idosos ou muito simples”, completou. O delegado ressalta que o estelionatário criava procurações falsas com as quais conseguia ter acesso e movimentar processo. “O valor total de prejuízo dessas vítimas foi em torno de R$ 60 mil. O engodo, ardil, utilizado por ele é de que teria acesso e facilidade ao aparato judiciário. E ele dizia que só cobraria as custas do processo. Faria isso de bom grado pelo fato de ser promotor de Justiça”, explicou o delegado.

O falso promotor já é conhecido no meio policial, com ampla ficha criminal. O golpe era praticado por ele desde 2007, segundo as investigações. Por meio das redes sociais, utilizava perfil falso com diversas fotos do Ministério Público e da Polícia Civil. “Ao conversar com as pessoas, ele alegava ser a 'instituição policial responsável por sua proteção'”, informou o MPMG. A prisão de Eliverson ocorreu na sexta-feira. Na casa dele, foram apreendidos documentos falsificados, carimbos de advogados e médicos, receitas médicas, carteiras de trabalho, carteiras com brasões utilizadas para aplicar golpe e certa quantia em dinheiro. O homem está preso preventivamente no presídio Professor Jason Albergaria, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH. Ele foi indiciado por 25 estelionatos e sete crimes de falsidade material, já que falsificava procurações, assinaturas e usava carimbo de advogados.


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