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Estado de Minas

Território da diversidade


postado em 15/12/2019 04:00 / atualizado em 14/12/2019 19:08

Pedro Carlos Valentim Caetano*

“A Praça da Estação e o Viaduto Santa Tereza são palcos políticos e culturais na história de Belo Horizonte. Nos últimos anos, principalmente, passaram a receber cada vez mais gente – jovens, de forma especial – de diversos bairros e municípios vizinhos, com propostas artísticas que só enriqueceram a vida urbana e fortaleceram a identidade de cada um. Por isso, sem medo de errar, digo que os dois espaços públicos são polos da diversidade, e, ocupados e apropriados pela população, fizeram ecoar a voz da resistência. E da dignidade.

Neste fim de semana, temos um exemplo dessa força: na Praça da Estação, acontece a grande final do Duelo de MCs Nacional 2019, competição de rimas improvisadas que vai ter título para os vitoriosos como nos jogos – afinal, os finalistas enfrentaram processo seletivo entre maio e novembro, o qual incluiu mais de 3 mil MCs de pelo menos 300 cidades das 27 unidades da Federação . A idealização e promoção são do grupo Família de Rua, ao qual pertenço. Esperamos cerca de 20 mil pessoas.
Mas até chegar a esse ponto foi uma verdadeira batalha para a turma do hip-hop. No nosso caso, são 12 anos de estrada.
Começamos na Praça da Estação e, por causa das chuvas, migramos para o espaço sob o Viaduto Santa Tereza. Hoje, para se ter uma ideia, reunimos cerca de 1,5 mil pessoas, de 15 em 15 dias, sempre no segundo e no quarto domingos do mês. É uma celebração. O interessante é o Duelo de MCs Nacional estar na programação dos 122 anos de BH, mostrando que, da ocupação de espaços públicos, somos agora convidados para a festa oficial.

Falar na Praça da Estação é também ressaltar o carnaval, e é preciso lembrar o Praia da Estação. Ninguém pode esquecer de que foi a desobediência civil a um decreto municipal que fez a folia ganhar corpo e crescer de forma gigantesca, tornando o reinado de Momo em BH um dos eventos maiores do país. Hoje, vem folião de todo estado, e tudo nasceu aqui, na Praça da Estação.
Devemos ressaltar também que as manifestações de 2013 tiveram a praça como um dos eixos. Na verdade, devemos ampliar o significado: há um eixo cultural que vem da Casa do Conde, onde está a Funarte, passando pela praça, o viaduto, a Serraria Sousa Pinto e o Parque Municipal. É um território – a Zona Cultural da Praça da Estação, para a qual muita gente lutou –, que só faz bem à cidade, aos moradores e visitantes.”

* Belo-horizontino, jornalista de formação, MC e produtor cultural


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