Jornal Estado de Minas

Para além dos muros: mural pintado na calçada traz cor e arte ao chão do Centro de BH

(foto: Jair Amaral/EM/D.A. Press)
Nos últimos anos, o centro de Belo Horizonte tem se transformado em uma verdadeira galeria a céu aberto. Basta olhar para os prédios e muros para contemplar os graffites, murais e intervenções artísticas que compõem a paisagem do coração da cidade que a cada dia tem pulsado mais arte. Para integrar esse cenário, neste natal os belorizontinos estão sendo presenteados com um novo mural na região. 


 
Para além dos muros, a partir desta terça-feira quem passar pela calçada do Shopping Xavantes, entre as ruas Curitiba, Guaicurus e Avenida Oiapoque, caminhará sobre um rio geométrico de mais de 40 metros de extensão, pintado pelo grafiteiro Fhero — mesmo artista responsável pela arte que cobre toda a fachada do shopping popular. 
 
Fhero conta que para não prejudicar a rotina de quem passa pela região, o projeto precisou ser elaborado com algumas especificidades.“Essa pintura tem um viés mais simples. Ela foi feita no chão em um local com fluxo intenso de pessoas e por isso a gente pensou em algo mais abstrato com uma fluidez de cor, em degradê, com tons de azul e laranja”, explica.  Contente com a finalização do trabalho, Fhero espera que iniciativas como essa sejam estimuladas. “Acho que isso é extremamente importante. A arte é um ponto vital para a sanidade social, é legal para caramba e tem que ser incentivada,” completa.
 
Curadora da Pública Agência de Arte, Juliana Flores conta os motivos pelos quais optou por convidar novamente o artista que já havia pintado a fachada do shoppping em abril deste ano. "Preferi dar continuidade ao trabalho para que a calçada e a fachada do shopping tenham um diálogo estético. E Fhero fez uma proposta linda. Se hoje no alto do shopping vemos pardais pintados, agora com a nova intervenção o público irá pisar sobre um rio geométrico cheio de peixes. Queremos chamar atenção para o rio que passa ao lado sobre a avenida dos Andradas, o Rio Arrudas", explica. 
 
* Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira