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Estado de Minas TRANSTORNO E PREJUíZOS

Sumiço durante temporal

Capital começa a semana castigada por chuva. Na Pampulha, homem desapareceu após cair em córrego em circunstâncias ainda não esclarecidas. Buscas serão retomadas hoje


postado em 19/11/2019 04:00 / atualizado em 18/11/2019 23:01

No Bairro Santa Mônica, o mesmo onde ocorreu acidente com morador, carro foi tragado pela chuva do feriado e até ontem continuava na cratera(foto: Jair Amaral/Em/D.a press)
No Bairro Santa Mônica, o mesmo onde ocorreu acidente com morador, carro foi tragado pela chuva do feriado e até ontem continuava na cratera (foto: Jair Amaral/Em/D.a press)


O plano de contingência para enfrentar as chuvas na Avenida Vilarinho, na Região de Venda Nova – um dos pontos críticos de alagamento em Belo Horizonte –, voltou a ser colocado em prática ontem. A chuva forte que atingiu Belo Horizonte mobilizou a Defesa Civil Municipal, que acionou o protocolo de fechamento da avenida para evitar vítimas. O alto volume de chuvas fez disparar o alerta de risco de transbordamento do Córrego Vilarinho e dos córregos Bezerra e Lagoinha, na Região da Pampulha. Em Venda Nova, um homem caiu no Córrego Várzea da Palma, no Bairro Santa Mônica, e desapareceu durante o temporal. Bombeiros retomam hoje buscas para encontrá-lo. No mesmo bairro, um carro foi engolido por uma cratera durante a chuva no feriado e até ontem à noite continuava dentro do buraco.

No caso do homem que caiu em circunstâncias ainda não esclarecidas nas águas do córrego, uma testemunha contou aos militares que havia conversado com a vítima, Aurélio Pereira de Jesus, de 33 anos, minutos antes de vê-la sendo levada pela correnteza. De acordo com o tenente Leandro Gomes, as buscas se concentram nos arredores. “Já temos conhecimento da área, por causa de ocorrências anteriores. A correnteza está muito forte e boa parte do córrego é galeria, que está muito cheia por causa da chuva. Estamos dando prioridade a buscas em área aberta”, explicou o bombeiro.

Segundo a corporação, quatro viaturas e 13 militares trabalharam no fim da tarde de ontem no local. “Estamos fazendo o máximo para agilizar a busca e encontrar a vítima o mais rápido possível”, disse o tenente Gomes. As buscas foram interrompidas em virtude do pôr do sol e devem ser retomadas hoje pela manhã.

As pancadas já estavam previstas. A Defesa Civil Municipal havia publicado alerta para a possibilidade de temporais, que é válido até esta manhã. De acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), hoje o céu deve ficar parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. Os termômetros devem variar de 18 a 24 graus.

NO BURACO 

Desde sexta-feira, o autônomo Nacipe Gomes Calixto, de 35, espera para saber como recuperar seu carro. No Bairro Santa Mônica, o veículo foi arrastado para dentro de uma cratera durante o temporal que atingiu Belo Horizonte no feriado. Segundo o proprietário, o buraco havia sido aberto pela Prefeitura de Belo Horizonte para uma obra.

Os serviços na Rua Rui Barbosa, no Bairro Santa Mônica, começaram há aproximadamente um mês, e já havia provocado reclamações de moradores com os operários. “O buraco foi aberto no fim do mês passado. Queriam abrir a rua toda, mas reclamamos, pois o fluxo de água aqui é grande. Abriram apenas metade, mas a rede estourou. Fizeram uma ligação com um rio que passa aqui embaixo, mas a água acabou voltando”, contou Nacipe.

Na última sexta-feira, o morador chegou de carro em casa e estacionou na rua. “Começou a chover e, pouco tempo depois, recebi uma ligação do meu vizinho, dizendo que meu carro estava sendo levado. A água arrastou o veículo e o buraco cedeu”, descreveu. Segundo ele, desde então passou a ligar para a prefeitura, sem sucesso. “A Defesa Civil chegou a vim aqui no sábado e hoje interditou a área de entrada da casa do meu irmão, que mora em uma casa ao lado da minha. O buraco está a 30 centímetros do imóvel. Falaram que notificariam a Sudecap, mas nada”, comentou. “A sensação é de insegurança e desamparo total dos órgãos públicos. Da mesma forma que foi um carro, poderia ser uma vida. O risco aqui é iminente”, reclamou.

Em nota, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smobi) rebateu as informações do morador e argumentou que o veículo estava estacionado em local interditado. Sobre a vala, ressaltou que faz parte do serviço de drenagem para resolver problemas de inundação da via. “A vala inclusive já se encontrava aterrada, e a enchente levou o material utilizado para o aterro. A via estava com trânsito interditado e com material colocado formando uma barreira de terra, para desviar a chuva. No local havia placas sinalizadoras e a forte enxurrada arrastou o veículo, que estava estacionado após as placas de sinalização de trânsito interrompido”, afirmou. Segundo a secretaria, a responsabilidade pela retirada do veículo seria do proprietário, mas que a prefeitura fará a retirada, após registro de boletim de ocorrência.

* Estagiária sob supervisão do editor Roney Garcia


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