A Corregedoria da Polícia Militar apura denúncias de uma tenente da corporação, de 44 anos, que acusa o ex-companheiro, major da PM, de agressões e ameaças. O caso aconteceu na noite desse domingo (27), no Bairro das Indústrias, na Região do Barreiro.
Conforme, o boletim de ocorrência redigido de acordo com os depoimentos da vítima, os dois se relacionaram por quatro anos, mas terminaram o namoro recentemente. De acordo com a mulher, o término teve muitos atritos entre as partes.
No domingo, a mulher entrava em casa de carro quando viu o ex-companheiro apontando uma arma para a cabeça dela, conforme o documento policial. Ainda segundo o registro da corporação, o homem ameaçou a vítima e deu vários socos e chutes nela. Tapas no rosto também aconteceram.
O suspeito, além disso tudo, conforme a vítima em depoimento à PM, pegou seu celular e pertences pessoais, como carteira de polícia e cartão de saúde da corporação.
Ainda conforme o boletim de ocorrência, a mulher tentou se defender das agressões. Nesse momento, ela disse que o suspeito mordeu um dos seus braços e disse que “um dos dois não sairia vivo dali”.
Ele determinou que a tenente entrasse no carro para que eles fossem para outro local.
Conforme os relatos da vítima, o major saiu na rua para ver se alguma testemunha estava próxima. Diante disso, ela acelerou o veículo e fugiu em direção a unidade de polícia mais próxima.
Lá, ela acionou os colegas da polícia e disse que estava com medo de voltar para casa, pois o ex-companheiro estava no imóvel, conforme o boletim de ocorrência.
Por isso, os militares se deslocaram até a casa. No lugar, encontraram o suspeito e arma usada para ameaçar a vítima. Novamente conforme o documento policial, o armamento não estava carregado.
Ao ser perguntado, de acordo com a polícia, o major negou as acusações e disse que apenas entrou em atrito verbal com a ex-namorada.
Ele foi levado à Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher. Antes, também passou pelo hospital militar, pois disse que estava passando mal.
Em nota, o assessor de imprensa da Polícia Militar, major Flávio Santiago, disse que a corporação “instaurou procedimentos de Polícia Judiciária Militar e está apurando o fato”.