Jornal Estado de Minas

Após investigação de abuso em escola, pais planejam protesto com lenços brancos

Denúncia é investigado pela 2ª Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad) - Foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press

Grupos de pais de alunos do Colégio Magnum, unidade Cidade Nova, na Região Nordeste de BH, se movimentaram durante este domingo (6), por meio de grupos de redes sociais, buscando respostas e até marcando manifestações amarrando lenços brancos aos braços dos filhos depois da denúncia de abuso sexual sofrido por um aluno de 3 anos, que é investigado pela 2ª Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad) de Belo Horizonte.

A tradicional instituição de ensino informou que o suspeito se trata de um colaborador que foi afastado. A reportagem apurou que o suspeito é um ajudante das aulas de educação física. A reportagem conseguiu contato com o professor de educação física que os pais indicaram como pessoa que chefiava o suspeito. Contudo, o profissional disse não poder dar informações sobre o caso e disse que não seria responsável pelo suspeito de ter cometido o abuso. "Sou responsável apenas por mim, pelos meus filhos e pela minha família. Não posso falar nada, confirmar ou negar nada sobre esse caso", disse.

Um dos pais escreveu: "A família foi corajosa em ter tomado providência (denubnciar o abuso do filho) e a escola não se omitiu e tendo feito o seu possível perante esta situação que poderia ter ocorrido em qualquer outra escola. Pois quantas crianças não sofrem o mesmo tipo de violência dentro de suas casas com familiares ou outros espaços sociais?", indagou.

A mesma pessoa propõe que os alunos compareçam às aulas com laços brancos nos braços, como sinal de apoio ao colega abusado e contra esse tipo de crime. "Assim, a fim de não mais mais expor as família e a criança, a fim de fazermos demonstrar nosso apoio solidário á família e á escola, fazendo algo para mostrar nossa indignação e estender nossa total reprovação ao ato de pedofilia em qualquer espaço social e familiar,  proponho que façamos uma manifestação silenciosa do laço branco".

O gesto seria como ocorre no outubro rosa, por exemplo, para marcar uma posição e chamar a atenção para esse problema.
"Seria enviar nossos filhos  amanhã (segunda-feira, dia 7) à escola com um laço branco representando a pureza de nossas crianças que não têm sido resguardada. Amanhã, costurarei o laço na blusa de uniforme de minha filha para evitar problemas com alfinetes. Também colocarei um em minha roupa", disse.

Por meio de nota, o colegio informou que "nesta sexta-feira, 4 de outubro, a direção da escola ouviu os relatos dos pais sobre a mudança de comportamento do filho e sobre a conduta de um colaborador. Imediatamente, foram colocadas à disposição da família as assessorias jurídica e psicológica, e o profissional envolvido foi afastado de suas funções para auxiliar na transparência das apurações".

Uma reunião da instituição chegou a ser anunciada por meio da nota, mas até o momento a reportagem não teve notícias se esse encontro se daria por meio físico ou pela internet. Nesta segunda-feira, a Polícia Civil informou que a delegada que apura o caso deverá se manifestar, mas ainda não marcou um horário ou local.
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