Jornal Estado de Minas

Veja como era e como ficou a igreja destruída após incêndio em Diamantina


Enquanto Belo Horizonte celebra a restauração da Igrejinha da Pampulha, outra cidade, Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, que completa 20 anos como Patrimônio da Humanidade, chora a perda de um bem precioso. Na tarde desta sexta-feira, a Igreja de Santa Rita de Cássia, no distrito de Sopa, foi destruída por um incêndio.

A igreja é tombada pelo patrimônio histórico municipal e foi restaurada em 2015. A construção tem sua época de origem desconhecida, mas provavelmente data da primeira década do século 19. Em 2011, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) reconheceu o local.

O templo se destaca como o principal monumento arquitetônico da localidade, que, de acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem 540 habitantes e 277 residências. O distrito de Sopa está a 16 quilômetros da sede do município.

Distrito de Sopa, em Diamantina

No ano passado, o Estado de Minas mostrou a riqueza da região na série de reportagens 'Montanhas de Histórias', que desbravou as montanhas de Minas Gerais. 

Em abril, uma reportagem exibiu o povoado de Sopa, que, após a sucessão de rombos no solo pedregoso feitos pelos escravos no séculos 18 e 19, transformaram a paisagem num cenário lunar, com grandes crateras se emendando, repletas de água no fundo.

Diamantina, patrimônio da humanidade

A terra de Chica da Silva e Juscelino Kubitschek recebe a triste notícia do incêndio de Sopa logo após comemorar duas décadas como Patrimônio da Humanidade. Apesar disso, Diamantina fica de olho em mais dois destaques internacionais com sabor de título e premiação, que serão divulgados ainda este ano. 

* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 
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