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Estado de Minas

Proprietário de mineradora é preso por derrubar Mata Atlântica em Mariana

A ação de derrubada das árvores para abertura de uma estrada foi flagrada pela Polícia Civil


postado em 26/09/2019 12:08 / atualizado em 26/09/2019 13:46

Bruno Zutto, diretor da Semad, Luiz Otávio Braga, delegado do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Meio Ambiente, e o escrivão Marcelo Del Gaudio(foto: Márcia Maria Cruz/EM/DA PRESS)
Bruno Zutto, diretor da Semad, Luiz Otávio Braga, delegado do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Meio Ambiente, e o escrivão Marcelo Del Gaudio (foto: Márcia Maria Cruz/EM/DA PRESS)
Depois de denúncia anônima, agentes do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Meio Ambiente (Dema) flagraram o momento exato em que espécies da Mata Atlântica estavam sendo derrubadas no distrito de Cláudio Manoel, em Mariana. A polícia prendeu José Helinton Pontes, de 56 anos, proprietário da Mineradora Pontes e um funcionário que trabalhava para ele.

 

A mineradora já havia derrubado área de 4 mil metros quadrados de vegetação, quase meio quilômetro de estrada aberta. A área corresponde a quase um campo de futebol.  José Heliton Pontes foi preso em flagrante, mas deverá pagar fiança de R$ 30 mil (em espécie) para ser liberado. Ele foi encaminhado ao presídio de Mariana e, até a manhã de terça (26), ainda não havia efetuado o pagamento da fiança.

 

O empresário atua com mineração de manganês, minério de ferro e areia. "A minerador Pontes possui ramo diversificado em relação à extração de mineirais tanto em Minas como em outros estados", disse o delegado Luiz Otávio Braga Paulon. A mineradora possui autorização para minerar a área, mas não tem permissão para fazer a supressão de árvores.

 

O crime presvisto na Lei de Crime Ambiental pode ter prisão de 1 a 3 anos. O funcionário será indiciado pelo mesmo crime na modalidade culposa, por ter assumido o risco de executar o serviço de derrubada das árvores sem ter qualquer documentação liberando a ação. Ele assinou termo circunstanciado de ocorrência, em que se compromete a se apresentar à Justiça. "Esse funcionário foi negligente ao trabalhar, coordenando as atividades, sem solicitar qualquer tipo de documentação para isso", afirmou o delegado.

 

A ação faz parte de investigações empreendidas pelo Dema em região de atuação irregular de algumas mineradoras. "O Dema vem fazendo levantamentos e investigações dentro do Quadrilátero Ferrífero envolvendo mineradoras que estão fazendo extração de minério de ferro de maneira ilegal como a supressão de vegetação dos locais", informou o delegado do Dema.

 

A polícia esteve duas vezes no local, sendo que, na primeira incerta, já havia sido detectado a supressão das árvores e, na segunda, foi feito o flagrante do crime ambiental. "Retornamos na terça (25) com a Secretaria de Meio Ambiente e deparamos com situação de flagrante: estava sendo aberta uma via dentro da Mata Atlântica", completou.

 

O diretor de inteligência e ações especiais da Semad Bruno Zuffo Janducci ressaltou que o bioma da Mata Atlântico é protegido pela Lei Federal 11.428. "Constatamos a intervenção na Mata Atlântica, como também intervenção em área de preservação permanente", informou. O proprietário preso em flagrante também terá que fazer a recuperação do dano causado ou seja o replantio da área.


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