Jornal Estado de Minas

Prefeitura revitaliza mais de 360 praças da capital, mas ainda há muito a se fazer

Obras seguem a todo vapor na Praça Marco Antônio Menezes, conhecida como Praça do Grota, no Sagrada Família - Foto: Túlio Santos/EM/D.A Press


Limpeza de áreas de bota-fora clandestino de lixo, construção de passeios acessíveis para pessoas com dificuldade de locomoção e cadeirantes, instalação de bancos e jardinagem. Equipes da administração municipal trabalham com a manutenção das praças de Belo Horizonte. Do ano passado até agora, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que 360 praças receberam ações de manutenção e 10 intervenções estão andamento, realizadas pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). Em dois anos, o valor destinado para essas obras chegou a R$ 15 milhões. Porém, manter os locais preservados é um desafio, já que não é difícil encontrar equipamentos quebrados e pichados nas pequenas e grandes praças da cidade. O complexo esportivo da Praça do Confisco, no Bairro Confisco, na Região Noroeste, é mais uma área verde que necessita de atenção. A reclamação de moradores levou a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo da Câmara de Belo Horizonte a visitar o local.

Desde o ano passado, a administração municipal tem realizado serviços de limpeza geral, irrigação, podas de árvores e arbustos, pinturas de pisos, colocação de bancos e lixeiras e roçagem dos gramados, além de intervenções para acessibilidade, de acordo com a necessidade apresentada em cada lugar. O objetivo é, com o trabalho de manutenção, proporcionar à população locais mais confortáveis e seguros para o lazer.
“Esse é um trabalho de que a prefeitura não abre mão, por proporcionar à população melhores locais para lazer, prática de exercícios e interação ao ar livre. Fazemos as manutenções necessárias trazendo simples benefícios, mas que fazem diferença para os frequentadores”, afirma o superintendente da Sudecap, Henrique Castilho.

A Sudecap afirma que realiza as manutenções conforme a necessidade de cada local, mas não tem a informação da causa que motivou o serviço – que pode ser desgaste natural pelo uso ou depredações. Quem passa pela Praça Dona Dolores, na Rua Oligisto com Rua Conselheiro Rocha, Bairro Horto, na Região Leste, pode constatar as melhorias feitas no local. As máquinas também seguem a todo vapor na Praça Vereador Marco Antônio de Menezes, no Bairro Sagrada Família, também na Região Leste. Conhecida também como Praça do Grota, o local possui um amplo espaço, que abriga um campo de futebol, um playground, uma quadra poliesportiva, além de contar com equipamentos do Programa Academia a Céu Aberto. O fato é que os equipamentos de ginástica instalados nas praças ganharam espaço e entraram na rotina de muitos belo-horizontinos. Porém, no momento, não há previsão de novas instalações, visto que, segundo a administração municipal, todas as regionais estão “uniformemente contempladas”.

Praça adotada


Por outro lado, muitas praças ainda pedem socorro.
A necessidade de revitalização do complexo esportivo da Praça do Confisco, reivindicada pelos moradores da região, foi verificada pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo. Requerida e acompanhada pelo vereador Carlos Henrique (PMN), a visita técnica detectou a falta de manutenção nas quadras, no campo e no seu entorno. Com aproximadamente 28 mil m², a Praça do Confisco, foi implantada em 1999, com recursos do Orçamento Participativo, em área originalmente pertencente ao estado de Minas Gerais. O espaço possui três nascentes que abastecem a Lagoa da Pampulha, cobertura vegetal arbórea, composta por mangueiras antigas, eucaliptos, jaqueiras e ingás, duas quadras poliesportivas, um campo de futebol e espaços de convivência. Porém, a situação é precária.



De acordo com Carlos Henrique, é importante que as melhorias no espaço sejam realizadas para que a comunidade possa utilizá-lo com qualidade e mais segurança. São elas: manutenção do campo, do alambrado, das quadras, da iluminação e do canal por onde passa a água da mina. O representante do Grêmio Recreativo da Juventude (Greju), José Antônio Silveira, de 59 anos, reforça que a situação atual é precária: "A praça está muito debilitada e estava abandonada pelo poder público até então. O campo de futebol está alagado, muitos equipamentos depredados.
O espaço é muito bom para os moradores, mas a praça está sendo muito mal utilizada e queremos mudar isso. Precisamos fazer a revitalização do paisagismo e, principalmente, um trabalho de conscientização. Queremos o lugar ocupado por crianças e adultos e vamos trabalhar firme pra isso," disse.

A expectativa do morador é logo poder adotar o espaço e trazer oficina de educação ambiental, horta comunitária e campeonatos de esportivos. “Já conversei com a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica sobre essa possibilidade. Precisamos ajudar na preservação”, concluiu. Foi solicitada à Guarda Municipal maior atenção à praça.

A Sudecap informa que as manutenções do Confisco já foram iniciadas com os serviços de reparos do telhado e a reposição dos ralos próximos à arquibancada já executados. A previsão para o término da execução dos demais serviços é dezembro de 2019. E, para evitar o vandalismo, a Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte informou que atua no patrulhamento preventivo da capital, com rondas periódicas 24 horas por dia. Tal patrulhamento seria otimizado com o auxílio de imagens captadas pelo Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH), com 1.500 câmeras espalhadas pela cidade. De acordo com a corporação, todo o efetivo, composto por 2.054 agentes, atua direta ou indiretamente nesse patrulhamento.
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