Jornal Estado de Minas

Trio é preso por morte de empresário em BH e alega vingança

A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira, três pessoas suspeitsas de participação no assassinato de  empresário que atuava na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. Os detidos alegam que a vítima cometia abusos sexuais contra a irmã do suspeito do homicídio, por isso afirmam que cometeram o crime por vingança. Para os investigadores que atuam no caso, o homicídio foi premeditado pelo grupo para roubar a vítima, Tibério Augusto Neto, de 65 anos.

O empresário do ramo de hortifruti desapareceu em 29 de julho. De acordo com apurações da polícia, ele havia saído da residência dele por volta das 11h com destino ao projeto de futebol para crianças que administrava na região do Bairro Citrolândia, em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Havia informações de que ele estava com uma quantia em dinheiro no veículo que conduzia.

Com a denúncia, a equipe da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD) deu início às investigações e, no dia seguinte, o corpo foi localizado na cidade de São Joaquim de Bicas, também na Região Metropolitana.  Levando em consideração a hipótese de latrocínio, policiais civis deram seguimento às investigações, que culminaram na prisão dos três suspeitos, em um assentamento, em São Joaquim de Bicas.

Em coletiva de imprensa, os suspeitos foram apresentandos e confessaram o crime. Na versão de um deles, o empresário estuprava a irmã, do autor de 22, desde os 13 anos de idade. Disseram que fazia algum tempo que Tibério não a encontrava e, quando apareceu, eles decidiram "acertar as contas".
O empresário foi morto a facadas e teve o corpo carbonizado.

Já a polícia acredita que o crime teria sido uma emboscada. "Segundo  a alegação dos suspeitos, o empresário estaria abusando sexualmente da irmã de um dos autores. Mas, nós não temos essa comprovação. A suspeita da policia é que foi algo planejado para rouba-lo já que, naquele dia, a vítima havia recolhido dinheiro de alguns alugueis", disse o delegado Chefe do Depatri, delegado Mácio Nabak.

A irmã do homem, apontado como o autor das facadas que mataram o empresário,  marcou um encontro com a vítima. "De fato, o empresário e a mulher se conheciam", acrescentou o delegado. O empresário estava com R$1,8 mil em dinheiro e o valor teria sido subtraído e divido pelos três suspeitos.


"Não foi vingança, porque nós não premeditamos. Ele apenas apareceu no lugar errado na hora errada pelo fato de não ter mais nada com ela e eu sim. Então ele chega lá achando que vai pegar a minha mulher. Tá errado isso", disse um dos suspeitos. 

Com o trio, foram localizados seis pedras de crack, sete pinos de cocaína, além de 27 buchas de maconha. O carro do empresário também havia sido trocado. De acordo com o delegado, eles podem ser indiciados por tráfico de drogas, latrocínio e ocultação de cadáver. .