Jornal Estado de Minas

Homem que matou a ex a facadas em Santa Luzia pode ter premeditado crime


Crime premeditado. Esta é uma das hipóteses investigadas pela Polícia Civil para a morte de  Alessandra Cristiane Solane, de 46 anos. O ex-companheiro dela, com quem teve um relacionamento de 25 anos, é apontado como o autor do crime. Ele foi preso em flagrante pelo feminicídio e confessou o crime.

O feminicídio aconteceu por volta das 22h de domingo. Alessandra foi assassinada a facadas pelo ex-companheiro dentro de casa, no Bairro Asteca. Familiares encontraram o corpo da mulher e acionaram a Polícia Militar. No local, peritos apreenderam uma faca de açougueiro utilizada no crime e constataram ao menos uma perfuração no tórax da vítima.


A PM iniciou as buscas pelo homem, e o encontrou por volta das 10h desta segunda-feira. Na delegacia, confessou o assassinato. "Em depoimento, ele disse que a mulher teria ido à casa dele, que é no mesmo lote, e o agredido verbal e fisicamente. Depois, ele foi à casa da vítima, com uma faca, e a matou", afirmou a delegada Adriana Neves Rosa. Segundo ela, há indícios que o crime foi premeditado.

Nessa segunda-feira, a PM havia informado que uma medida protetiva já tinha sido expedida contra o homem. Porém, a informação foi corrigida pela Polícia Civil nesta terça-feira.
Segundo a corporação, o casal se separou há, ao menos, um ano. Vários registros policiais provocados por discussões entre os dois foram feitos, sendo a última ocorrêncai em 24 de julho.

De acordo com a Polícia Civil, um procedimento de medida protetiva já estava em andamento. Porém, a vítima se manifestou formalmente pelo desinteresse em prosseguir.

Crimes recorrentes


O Estado de Minas mostrou, na edição desta terça-feira, que ocorreu em média um ataque contra mulheres a cada dois dias desde o início do agosto, mês em que a Lei Maria da Penha completou 13 anos. Ontem, as investigações de outro crime que chocou a capital mineira foram encerradas. O microempresário Paulo Henrique da Rocha, de 33, foi indiciado pelos assassinatos a tiros da ex-companheira Tereza Cristina Peres de Almeida, de 44, e do filho dela, Gabriel Peres Mendes de Paula, de 22..