Quatro homens e dois adolescentes foram presos suspeitos de sequestrarem uma criança de 7 anos em Florestal, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O sequestro durou dois dias e os bandidos pediram R$300 mil para a liberação do garoto. No cativeiro, a polícia encontrou carrinhos, máscaras de super-herois e até videogame, aparentemente para entreter o menino sequestrado.
A suspeita é que o crime tenha sido comandado de dentro da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. As informações foram repassadas em coletiva de imprensa da Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (08).
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Mentores de sequestro em Florestal planejaram, na cadeia, mesmo crime em Bom DespachoDetentos da Nelson Hungria comandam mais um sequestro de dentro da unidadeDesavença com vizinha teria levado mulher a assassinar criança em Divinópolis Dupla é presa por assaltar jovem de 21 anos no Bairro Cruzeiro Carro despenca de garagem e idosa fica ferida em condomínio de Nova LimaPor volta de 12h, os sequestradores deixaram a residênciq em um carro Renault Logan levando a criança para um cativeiro em Pequi, a 40 km de Florestal. "Lá, os bandidos exigiram - mediante grave ameaça - a quantia de R$300 mil. Ela foi mantida refém por, aproximadamente, 20 horas", explicou o delegado Marcus Vinícius do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp).
Após horas de pânico e uma longa negociação com a polícia, a criança foi liberada em um ponto de ônibus, próximo a um trevo, em Pará de Minas. Nenhum dinheiro foi levado.
O que chama a atenção é que, segundo a PC, a cordenação do sequestro e condução das negociações ficou à cargo de um homem que cumpre pena na Penitenciária Nelson Hungria. Além dele, há a suspeita de que outro detento foi responsável por conseguir o veículo que foi utilizado no sequestro. "Essa dupla é considerada a mandante do crime de extorsão mediante sequestro", completou o investigador. Trata-se de Daniel Augusto Cypriano e Thiago Rodrigues Ribeiro.
Ele explica que a família foi vítima do sequestro devido alto poder de compras. "A elevada capacidade financeira da família chamou a atenção dos bandidos", explicou. O pai da criança movimenta altas quantias por se tratar de um empresário no ramo de imóveis na cidade. "Sabendo disso, os bandidos começaram a monitorar a rotina da família (...) Inclusive, tentaram praticar o sequestro 15 dias antes do ocorrido", acrescentou.