Jornal Estado de Minas

Causa da morte de mulher que passou mal em manifestação não foi fumaça de pneus


Foi enterrada, na tarde desta terça-feira, a mulher de 53 anos que morreu durante manifestação contra a reforma da Previdência, na Avenida Antônio Carlos, na última sexta-feira. Moradora do Bairro Palmital, Edi Alves Guimarães era faxineira e tinha oito filhos

Realizado com muita comoção dos familiares e amigos, o sepultamento aconteceu no Cemitério Belo Vale, também em Santa Luzia, por volta das 16h. 

A mulher estava em um ônibus na Avenida Antônio Carlos, quando teve uma parada cardiorrespiratória depois de inalar fumaça proveniente da queima de pneus, durante protesto próximo à Universidade Federal de Minas Gerais (UMFG). 

Após passar mal, ela foi reanimada pelos socorristas e levada para o Hospital Risoleta Tolentino Neves, em estado gravíssimo.

Após ficar três dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, ela morreu por volta das 14h30 dessa segunda-feira.

Edi Alves Guimarães deixa oito filhos - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Inicialmente, a suspeita era de que ela havia morrido somente devido à inalação de fumaça. Segundo nota divulgada pelo hospital nessa segunda, parentes da vítima relataram que ela não tinha histórico de doenças respiratórias ou outras complicações que pudessem ter provocado maiores danos à sua saúde. 

Nesta terça-feira, no entanto, o hospital emitiu outra nota ressaltando que os exames realizados “não evidenciaram intoxicação por monóxido de carbono, estando o óbito associado à doença cardíaca e neurológica.”

Leia a nota completa do Hospital Risoleta Tolentino Neves:

O Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN) informa e lamenta o falecimento da senhora Edi Alves Guimarães, esclarecendo que a paciente foi atendida do dia 14/06/2019 ao dia 17/06/2019, quando evoluiu para o óbito. Durante a internação, o hospital realizou todos os procedimentos necessários visando à sua recuperação. 

O HRTN ressalta que os exames realizados não evidenciaram intoxicação por monóxido de carbono, estando o óbito associado à doença cardíaca e neurológica.

*Estagiário sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz  

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