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Estado de Minas

Ações de combate à febre maculosa em Contagem entram na reta final

Trabalhos para impedir que a doença se alastre em Contagem devem finalizar na próxima semana. Ao todo, a cidade já tem 54 notificados, seis casos confirmados e quatro mortes


postado em 15/06/2019 06:00 / atualizado em 15/06/2019 08:52

Córrego do município da Grande BH que está contaminado carrapato-estrela, causador da febre maculosa (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Córrego do município da Grande BH que está contaminado carrapato-estrela, causador da febre maculosa (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Enquanto os números da febre maculosa em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, aumentam a cada dia – já são seis casos confirmados e outros 54 notificados –, as medidas imediatas tomadas pela prefeitura local caminham para o final. Ontem, o Executivo municipal terminou o trabalho de aragem e aplicação de oito toneladas de cal na área onde a doença se alastrou. A ação era realizada desde o último dia 4. Ao mesmo tempo, o poder público finalizou o terceiro dos quatro ciclos de aplicação de veneno nas casas próximas. A previsão é de que essa medida seja concluída na quinta-feira. Ainda ontem, a Defesa Civil do município liberou a área onde ocorreram as transmissões, que estava interditada desde o início do mês. Até aqui, quatro pessoas morreram pela enfermidade transmitida pelo carrapato-estrela.

Se por um lado as medidas efetivas da prefeitura chegam a reta final, as pesquisas epidemiológicas realizadas na região denominada Vila Boa Vista, vizinha do Bairro Nacional, e a menos de dois quilômetros e meio do Parque Ecológico da Pampulha, ainda estão nos estágios iniciais. Até aqui, de acordo com a Secretaria de Saúde de Contagem, a força-tarefa formada pelos governos municipal, estadual e federal já concluiu duas etapas: o mapeamento do local e as entrevistas com os cerca de 150 moradores da área de risco.

A Prefeitura de Contagem ainda não sabe, por exemplo, como será feito o manejo das capivaras, o roedor que serve como hospedeiro do carrapato-estrela. Em sobrevoo de drone realizado logo no início do diagnóstico dos casos, no início do mês, o Executivo municipal detectou que dois exemplares da espécie vivem na região. Um relatório foi entregue à Secretaria de Meio Ambiente da cidade na última quinta-feira e a pasta ainda analisa o que realmente será feito a partir das informações levantadas.

Ao mesmo tempo que a maioria das ações práticas chegam à reta final, uma delas ainda seguirá por tempo indeterminado: o banho de carrapaticida nos cavalos de carroceiros da regional Nacional. Dois ecopontos oferecem o serviço. E os banhos devem ser realizados a cada 15 dias. O trabalho deve ser ofertado até agosto e já atendeu mais de 50 carroceiros, segundo números da prefeitura.

ORIGEM 

As vidas perdidas pela febre maculosa e a possibilidade de aumento dos casos, por meio das 54 notificações investigadas, ainda representa um mistério quanto à origem da doença. No momento, a Prefeitura de Contagem trabalha com duas possibilidades: a transmissão por cavalos ou capivaras.

Em boletim divulgado ontem, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o carrapato-estrela adquire a bactéria, causadora da febre maculosa, apenas de capivaras. E acrescentou que animais como cavalos, cães, gatos e aves são hospedeiros do parasita, assim como o ser humano, e não amplificadores da doença.

No entanto, como o sobrevoo de drone da prefeitura identificou apenas dois roedores na região, é possível que os cavalos tenham trazido os parasitas de outro local e espalhado a doença. Essa é uma das suspeitas da diretora de Fiscalização Ambiental da Prefeitura de Contagem, Sirlene Almeida, ouvida pelo Estado de Minas na edição de ontem. Ela pontuou que vários equinos que estão na área infectada participaram de cavalgadas recentes e podem ter adquirido os carrapatos contaminados em outros municípios.


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