Os agentes de combate a endemias e agentes comunitários de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) paralisaram suas atividades e decidiram, em assembleia na manhã desta quinta-feira, decretar estado de greve. Diante do não pagamento do reajuste do piso salarial nacional pelo governo e do não atendimento a outras demandas das duas categorias, funcionários realizarão de paralisações pontuais.
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Agentes de saúde prometem paralisar atividades nesta terça-feiraUniformes de agentes de zoonoses podem ter sido furtados de posto de saúde de BHUniformes de agentes de combate a endemias são furtados em posto de saúde de BH Uniformes de agentes da dengue de BH são roubados em posto de saúdeAgentes comunitários da saúde de BH ameaçam parar de combater o Aedes aegyptiIntoxicada com fumaça de protesto, mulher é internada em estado gravíssimo em Hospital de BHVeja quais categorias ameaçam parar nesta sexta-feiraSegundo o Sindibel, a Lei Federal 13.708/18, que vem sendo descumprida em Belo Horizonte, determina um piso de R$1.250,00, a partir de janeiro deste ano, para as categorias de todo o país. A lei prevê ainda um reajuste para R$1.400,00 a partir de janeiro de 2020 e R$1.500,00 a partir de janeiro de 2021.
O estado de greve indica uma pré-disposição dos servidores a deflagrarem uma greve geral caso a PBH não avance nas negociações. Durante o estado de greve, os trabalhadores irão realizar paralisações pontuais, em datas ainda a serem definidas, com atos na Câmara Municipal e participação em plenárias do Conselho Municipal de Saúde.
Outra decisão tomada em assembleia, segundo Sindibel, foi acionar o Conselho Municipal de Saúde pedindo a realização de uma plenária para discutir os indicadores e metas para recebimento da Bonificação por Cumprimento de Metas, Resultados e Indicadores (BCMRI) e o retorno dos recursos referentes ao ano de 2018.
Os servidores reafirmaram ainda sua adesão à greve geral contra a reforma da previdência convocada pelas centrais sindicais para o próximo dia 14.
Uma nova assembleia das categoria será convocada ao final do mês de junho.
O OUTRO LADO
Em relação à questão do piso-nacional dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate a endemias, a Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão informou por meio de nota: "A norma do Governo Federal fere a competência privativa do Poder Executivo de acordo com o artigo 61 da Constituição. O Poder Legislativo não pode criar despesa para o Poder Executivo como ocorreu com a emenda que deu origem a este aumento. Diante desse entendimento, aguardamos novos desdobramentos."
Sobre os benefícios já concedidos às categorias, a admisntração municipal destaca: Criação do Plano de Carreira dos ACE e ACS, uma demanda histórica dessas categorias; Criação de gratificação de adicional de tempo de serviço para as duas categorias, correspondente a 10% do salário-base do empregado a cada 5 anos e Reajustes salariais de 2,43%, em 2018, e de 2,53%, em 2017.
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