Jornal Estado de Minas

Polícia desocupa 40 imóveis que haviam sido tomados por traficantes na Grande BH

 

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) colocou fim a uma enorme quadrilha especializada no tráfico de drogas em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O grupo operava em 40 imóveis dos bairros São Marcos, PTB e Citrolândia, todos sequestrados de famílias em vulnerabilidade social.


Segundo a polícia, Milton Fidélis de Souza, de 41 anos, conhecido como Gordo, gerenciava a organização criminosa de dentro do sistema presidiário até receber o direito de prisão domiciliar e ampliar o poder do grupo.


“A organização criminosa se infiltrou nos conjuntos habitacionais e terminou por tomar conta. O suspeito é multi reincidente, com várias passagens por tráfico, e toda a ação da organização criminosa era muito violenta”, explicou o delegado Roberto Veran, responsável pelo inquérito.


De acordo com Veran, os apartamentos eram usados para vigiar a ação da polícia e facilitar o comércio de drogas. Tudo era feito por meio de rádios comunicadores.


Conforme as investigações, pelos menos 20 homicídios registrados em Betim, no primeiro semestre de 2018, tem relação com os crimes praticados por essa organização criminosa.

 

Ainda segundo o delegado Roberto Veran, a central de rádio comunicadores foi desmontada no último dia 17, quando a polícia deflagrou a operação “Ninho de Rato”. Nela, a corporação cumpriu 32 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão.


Ao todo, foram presos 19 integrantes do grupo, entre eles o chefe da quadrilha e o matador da organização, denominado Leonardo Pereira de Jesus, de 21, conhecido como Angolano.


De acordo com a polícia, cerca de 20 quilos de entorpecentes, principalmente maconha, diversos rádios comunicadores, cinco submetralhadoras e outros materiais foram apreendidos.


A Polícia Civil desmontou, ainda, um laboratório de drogas que havia sido criado pela organização criminosa. Encontrou também um apartamento ocupado apenas por cachorros utilizados pelo grupo no tráfico.


Agora, a polícia investiga os crimes de lavagem de dinheiro e identificação de outros envolvidos no esquema.

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