Jornal Estado de Minas

Risco de rompimento: MP quer que Vale proteja patrimônio cultural de Barão de Cocais


O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) ajuizou uma Ação Civil Pública na Justiça pedindo que a Vale adote medidas de proteção ao patrimônio Cultural localizado na zona que seria atingida pela inundação em caso de ruptura da barragem Sul Superior, em Barão de Cocais. 

O MP solicita que a mineradora mapeie todo o patrimônio, obtenha as qualificações dos proprietários dos bens e realize os registros documentais de todos os patrimônios protegidos.

No documento são citadas ações referentes à Igreja de Nossa Senhora Mãe Augusta do Socorro (Capela do Socorro), às festividades de Mãe Augusta do Socorro e ao Cine Rex, localizado em Barão de Cocais.

Ainda são mencionadas a Igreja Matriz de São João Batista, em Barão Cocais, a Igreja Nossa Senhora da Conceição, distrito de Barra Feliz, em Santa Bárbara, e da Igreja do Rosário, em São Gonçalo do Rio Abaixo e o Memorial Affonso Pena, em Santa Bárbara. 

Na ação, o órgão ainda solicita que a minerada informe sobre as previsões em relação à estabilidade da estrutura. Além disso, o MP pediu informações sobre a possibilidade de a população evacuada voltar para suas casas e as medidas adotadas para a segurança do local.

Em 8 de fevereiro, aproximadamente 500 moradores das comunidades de Socorro, Tabuleiro, Piteiras e Vila Congo, situadas em Barão de Cocais, tiveram de deixar suas casas, após constatação de instabilidade na barragem.

O Ministério Público já tinha feito as recomendações à Vale  no mesmo dia da evacuação. No entanto, conforme o órgão, a mineradora teria realizado apenas a retirada de parte do acervo móvel da Capela do Socorro, que foi levado para outra igreja.

O Estado de Minas procurou a Vale e aguarda retorno.

*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa
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