Jornal Estado de Minas

Falso policial civil é preso em Montes Claros

A Policia Civil (PC) de Minas Gerais prendeu em  Montes Claros, no Norte de Minas,  Ailton Moreira da Silva, de 37 anos, que, de acordo com as investigações, se passava por policial civil para aplicar golpes na região.  De acordo com a PC, entre outras fraudes, o suspeito oferecia facilidades para a retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cobrando pelo “serviço” ofertado.

O investigado teria causado prejuízos da ordem de R$ 500 mil a mais de 20 vítimas, informou a Policia Civil. Ao ser apresentado à imprensa, na manhã desta quarta-feira, Ailton Moreira negou as acusações. “Sou vítima de perseguição”, alegou.

Segundo a delegada Thalita Caldeira, da Terceira Delegacia Distrital de Montes Claros, se passando por policial civil, o suspeito de estelionato enganou pessoas simples da zona rural no municípios norte-mineiros de Capitão Enéas e Bocaiuva. Também teria aplicado  golpes em distritos de Montes Claros e de Patos de Minas (Vale do Paranaíba).

“Ele (Ailton) recebeu valores, entre R$ 2 mil e R$ 6 mil, oferecendo as facilidades para a retirada da Carteira Nacional de Habilitação”, disse Thalita Caldeira. De acordo com a delegada, além de apresentar como policial civil, o suspeito chegava a fazer contatos para auto-escolas, como se estivesse adotando alguma providência. “Depois, não fazia mais nenhum contato e a vítima ficava no prejuízo”, relatou Thalita.

A delegada informou que as investigações revelam que Ailton Moreira esteve envolvido em outras fraudes, sendo descoberto que ele usou documentos do pai (idoso)  e de um irmão (já falecido) para abrir conta bancária, retirar cheques e fazer compras. Além disso, o suspeito teria conseguido abrir empresas em nome de terceiros e, por meio delas, causar prejuízos a instituições financeiras.

Conforme a Policia Civil,  foram identificados dois carros e uma moto adquiridos pelo suspeito  de forma fraudulenta. A delegada Thalita Caldeira informou que o nome de Ailton Moreira apareceu em pelo menos  30 boletins registrados por supostas vítimas de estelionato.
“Acreditamos que existem outras vítimas, que devem procurar a delegacia para registrar queixa”, afirmou a delegada.

Ailton Moreira já tinha sido anteriormente por estelionato,  em 2017, mas, por se tratar de crime de baixo poder ofensivo, ele  conseguiu liberação pela Justiça, sendo solto três dias depois

“Estou sendo perseguido”,  se defendeu o suspeito. Ele  nega a prática de estelionato. “Eu sou um despachante informal”, alegou Ailton Moreira, acrescentando que estava dando entrada á documentação para ser reconhecido como despachante profissional. Afirmou também que se matriculou em curso superior de Administração a distância. Apesar da negativa de fraude, Ailton teve prisão preventiva decretada por pratica de estelionato e, por enquanto, continuará recolhido no Presídio Regional de Montes Claros, à disposição da Justiça.
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