Jornal Estado de Minas

Governo do estado apresenta projeto para criação de trem turístico entre BH e Inhotim

 

Um trem de turismo para ligar a Praça da Estação, no Centro de BH, ao Instituto De Arte Contemporânea E Jardim Botânico (Inhotim), em Brumadinho. Essa é uma das propostas do governo de Minas para recuperar, economicamente, a cidade devastada pelo rompimento da barragem B1 da Mina do Córrego do Feijão, da Vale. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (28) pelo secretário de estado de Cultura e Turismo, Marcelo Matte.


Segundo Matte, a ideia é oferecer ao turista uma viagem no tempo: do Museu de Artes e Ofícios ao Inhotim, que abriga obras da arte contemporânea. O projeto será liderado por duas secretarias: a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) e Secretaria de Cultura e Turismo (SEC), com apoio da Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE-MG) e do Ministério do Turismo.

 

“É a nossa prioridade número um neste momento, pelas razões óbvias. A ideia é antiga, mas queremos colocá-la de pé até o fim do ano. Vai ser uma espécie de túnel do tempo, unindo a Minas do século 18 à Minas contemporânea”, afirma Matte. 

 

Quanto aos recursos, o secretário informou que as medidas para promover o turismo no estado passarão por Parcerias Público-Privadas (PPPs).
Nestes contratos, uma empresa privada investe certa quantia no projeto e depois é remunerada pelo poder público enquanto durar a PPP. Os convênios são válidos de 5 a 35 anos, com valor mínimo de R$ 20 milhões. 
 
Ainda no grupo de seus primeiros objetivos, a pasta pretende usar PPPs para revitalizar a estrutura hoteleira do Circuito das Águas, no Sul de Minas, em municípios como Cambuquira e Lambari. “Já prospectamos uma empresa que possa atrair operadores de hotelaria para explorar a região”, disse Matte.  

Benjamin Guimarães


Na ocasião, o secretário de Cultura Marcelo Matte também anunciou que o governo pretende reativar o Vapor Benjamin Guimarães, último embarcação a vapor do mundo. Apesar de tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), o barco está desativado desde 2017, em Pirapora, na Região Norte do estado. Lá, está ancorado às margens do Rio São Francisco.


Naquele ano, a embarcação chegou a ser danificada em duas oportunidades durante chuvas que atingiram Pirapora. Em uma delas, O Vapor Benjamin Guimarães teve a sua cobertura arrancada pelo vento.

(Com informações de Pedro Galvão)

 
 
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