Jornal Estado de Minas

Carnaval: PM vai fazer monitoramento por drone, binóculo e canhões de luz

PM contará com caminhões que permitem a instalação de câmeras móveis - Foto: Mateus Parreiras/EM/D.A PressRoubo e furto são as principais ocorrências registradas durante o carnaval. Na capital mineira, a Polícia Militar (PM) apresentou na manhã desta quarta-feira um plano de segurança com novidades em relação ao ano passado. A utilização de equipamentos altamente tecnológicos prometem evitar crimes no que deve ser o maior carnaval visto na cidade: com o fluxo de mais de 4,5 milhões de foliões, 590 blocos cadastrados e 700 desfiles. 

Uma das novidades é o videomonitoramento por meio de drones que vão sobrevoar as áreas no entorno dos blocos. A medida, realizada em parceria com Polícia Civil, vai ampliar a capacidade de monitoramento visual das unidades móveis. "Serão três drones que atuarão em eventos mais complicados, com o maior número de pessoas", explicou coronel Anderson de Oliveira, comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC). 

"É uma câmera de alta potência que observa o evento do alto e permite a aproximação de até 20 vezes. Para se ter ideia, se o indivíduo estiver contando dinheiro, conseguimos identificar até quais são as notas", acrescentou. Assim, será possível reconhecer na multidão qualquer ação diferente, como um tumulto. A informação é repassada para a equipe de solo que prenderá ou interceptará a pessoa suspeita.


Além dos drones, a PM contará com caminhões que permitem a instalação de câmeras móveis. São os Centros Integrados do Comando e Controle Móvel. Em coletiva de imprensa na Cidade Administrativa, em Venda Nova, foi detalhado que a unidade possui câmeras com reconhecimento facial com capacidade de monitoramento no entorno de um raio de até cinco quilômetros, além de visão noturna e leitura de calor que possibilita a identificação de armas. As câmeras fazem giro de até 360 graus.

No ano passado, o caminhão ficou estacionado na Praça da Estação. Este ano, serão disponibilizados três pontos. Os locais foram escolhidos com base em critério de segurança. O coronel Anderson explicou que a maioria das ocorrências acontecem no Centro (1.244 em 2018) e na Savassi (194 em 2018).

Para alguns palcos, como na Praça da Estação, no Centro da capital, ainda serão instalados canhões de luz em que devem facilitar identificação de ação suspeita.

Outra estratégia inovadora é que militares estarão em varandas de prédios públicos e residências fazendo o acompanhamento do bloco.
"No bloco Baianeiros, por exemplo, varandas serão usadas como postos de segurança com binóculo. Isso foi combinado com os moradores", acrescentou o coronel Anderson. .