Jornal Estado de Minas

Urina de foliões vai virar adubo para jardins de Belo Horizonte



Uma das maiores reclamações tanto de quem aproveita a folia quando de quem foge do carnaval é a urina espalhada pelas ruas. No entanto, em 2019, quem agir corretamente, procurando um banheiro químico, pode contribuir com um projeto de sustentabilidade da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) e o Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O objetivo é utilizar uma das substâncias presentes na urina como adubo para o Jardim Botânico, na Pampulha, e outros jardins e parques da capital. 

Segundo a Prefeitura de BH (PBH), a tecnologia que absorve o micronutriente fósforo (disponível no formato de fosfato) presente na urina. No carnaval do ano passado, durante uma operação-piloto, o projeto chamado P4Tree contou com seis cabines. Já neste ano, serão 100 diárias de banheiros químicos em pontos estratégicos da Avenida Brasil, na Região Centro-Sul de BH, e na Praça Sete, no Hipercentro. 

“A ação será feita a partir da instalação de sachês de 200g do material P4Tree nos banheiros químicos identificados. Em contato com o xixi, o coletor irá filtrar e separar o fósforo do restante dos elementos presentes no reservatório. Para que não se tenha perda do material, as cabines do projeto ficarão em locais fixos, diferente do ano passado”, explica a PBH. “Os sachês serão instalados cerca de uma hora antes do horário de início da programação de cada dia.
Ao final de cada noite, será retirado o material. Na quarta-feira de cinzas, as amostras serão levadas para o laboratório de Química da UFMG, onde passarão por um processo de desinfecção”, detalha. 

Já transformado em adubo, o material será aproveitado pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica. A expectativa da Belotur é e que sejam produzidos 50 quilos de fertilizantes a partir do fósforo da urina. 

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