Jornal Estado de Minas

Motociclistas de BH deverão indicar seus tipos sanguíneos em capacetes

- Foto: Arte/ Quinho
Motociclistas de Belo Horizonte deverão indicar, nos capacetes, seus tipos sanguíneos e o fator Rh, prevê projeto aprovado nesta segunda-feira, em segundo turno, na Câmara Municipal. A medida pretende facilitar e agilizar o socorro às vítimas de acidentes de trânsito. O texto  segue para análise do prefeito Alexandre Kalil (PHS), que pode aprovar ou vetar a iniciativa.

Conforme o projeto, de autoria do vereador Carlos Henrique (PMN), os motociclistas teriam 120 dias, a partir da publicação da lei no Diário Oficial do Município (DOM), para se adequar à norma. Após o prazo, caso haja descumprimento da lei, será cobrada multa ao infrator. O texto não determina o valor dessas possíveis cobranças.

Para o autor da proposta, "em um eventual acidente de trânsito, a inclusão da tipagem sanguínea e fator Rh nos capacetes possibilitará aos médicos, paramédicos e enfermeiros agilidade no socorro e, especialmente, aumentando a possibilidade de salvamento do acidentado”.

A matéria foi aprovada por 32 votos a 8.


Oposição


A vereadora Bella Gonçalves (Psol) - que tomou posse na casa no ano passado, após a colega de partido Áurea Carolina ser eleita para o cargo de deputada federal nas últimas eleições - foi contra a proposição.



Bella Gonçalves argumentou que os capacetes costumam ser compartilhados por diferentes motociclistas, o que poderia estabelecer um risco de desinformação nos dados fixados no capacete. Ainda conforme a vereadora, a transfusão de sangue emergencial é feita, normalmente, com o uso do sangue universal - tipo O negativo - o que evita a necessidade de identificação do sangue da vítima.

Outro divergente foi o vereador Mateus Simões (Novo). “O exame para verificação do tipo sanguíneo é simples e está disponível em todas as unidades de atendimento e ambulâncias do Samu”, pontuou.

Por fim, o vereador Dr. Nilton (Pros) alertou que, caso haja a identificação do tipo sanguíneo e do fator Rh no capacete do motociclista, o profissional de saúde não vai confiar na informação encontrada no capacete, o que tornaria o projeto ineficaz.

Leia o projeto de lei na íntegra.

*Estagiário sob supervisão da subeditora Rachel Botelho
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